Segundo a Antra, uma candidata concorre ao Senado, 17 concorrem para o cargo de deputada federal, 33 disputam como deputadas estaduais e duas, a deputadas distritais.
O levantamento da Antra inclui tanto as candidaturas de pessoas trans que já retificaram o nome em cartório, como aquelas que registraram o nome social – forma como transexuais e travestis querem ser reconhecidos socialmente. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, em março deste ano, o uso do nome social na urna para candidatos transgêneros e registra 28 candidaturas com o nome de escolha no pleito de 2018.
Transfobia
Para Symmy Larrat, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), a comunidade ainda enfrenta transfobia em todos os partidos. "Ainda é difícil sanar essa disputa dentro dos partidos. Temos problemas para abrir espaço , como também de orientação para os trans com a ajuda de um mínimo de estrutura", afirma Larrat.
Ainda segundo a presidente da ABGLT, a entidade vai buscar parceiros como organizações, empresas, escritórios de advocacia e contabilidade para que nas próximas eleições a entidade consiga assessorar travestis e transexuais na disputa eleitoral.
Levantamento da associação registra 138 candidaturas LGBT para o pleito de outubro.
Eleitorado
Nas eleições deste ano no Brasil, após a aceitação do uso do nome social, o TSE contabilizou 6.280 eleitores transexuais com título de eleitor. Foram realizados 1.805 pedidos em São Paulo; 647 em Minas Gerais; e 426 no Rio de Janeiro – são os maiores colégios eleitorais do país. Do total, cinco eleitores brasileiros no exterior optaram por usar o nome social.
Em relação ao grau de instrução, 2.633 têm ensino médio completo; 1.144 têm ensino médio incompleto; e 826, superior completo. Quanto à faixa etária, 1.402 pessoas estão entre 21 e 24 anos; 1.366 entre 25 e 29 anos; e 867 entre 30 e 34 anos.
(com Agência Brasil).