A tumba, que fica a seis metros ao sul da pirâmide de Djoser, pertence ao vizir intitulado Mehu, da VI Dinastia, e era também um importante juiz, escriba dos documentos reais e tinha outros 45 títulos. Segundo o famoso egiptólogo Zahi Hawass, o "dono" da tumba exerceu esses três cargos durante o período do faraó Titi (2323 aC. e 2291 a.C.).
O local parece ter sido feito para a família de Mehu, já que existem registros que falam sobre o filho dele, Meren Ra, e até do neto Heteb Kha II. Este último viveu no tempo do faraó Pépi II Neferkare (2246 a.C. a 2152 a.C.). A suspeita de que se trata de uma tumba familiar foi confirmada por Sabri Farag, diretor-geral de arqueologia do sítio de Saqqara, conforme informação da Reuters.
Nas paredes da câmara funerária é possível vislumbrar os hieróglifos que retratam os 48 títulos de Mehu, os 23 de seu filho Mery Re Ankh, e os 10 de seu neto Hetep Kha II.
Para a Reuters, o ministro Khaled El Anany diz que quer mostrar para o mundo que o Egito é um país seguro para a visitação. A intenção é reaquecer o setor turístico, que foi duramente afetado pela revolta política de 2011, no contexto da chamada "Primavera Árabe", que culminou com a renúncia do ditador Hosni Mubarak, que governou o país de 1981 a 2011..