"O mais importante da simulação é que há uma grande possibilidade de que o planeta seja habitável", diz o cientista Anthony Del Genio, do Instituto Goddard da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), no artigo recém publicado.
Ainda conforme o pesquisador, sua equipe conduziu um total de 18 simulações e que, em quase todas elas, no Proxima Centauri b foi avistado um oceano amplo que se manteve em boa parte da superfície. "Quanto maior a proporção de água no planeta, maior a probabilidade de haver vida lá. Nós podemos encontrar evidências de vida com os futuros telescópios espaciais", observa Del Genio.
O exoplaneta fica na zona habitável de sua estrela principal, recebendo luz suficiente para manter a superfície mais quente que a temperatura de congelamento da água. Com as recentes simulações, foi possível incluir um oceano dinâmico e circulante, que conseguia transferir calor de um lado para outro do astro.
Vale ressaltar que o principal desafio para que haja vida no Proxima b é a alta atividade de sua estrela: o planeta recebe 240 vezes mais raios-X do que a Terra e a radiação ionizante (alta energia) é cerca de 30 vezes maior.
O exoplaneta foi descoberto em 2016, e tem uma massa 1,3 vez maior do que a da Terra.
(com Agência Brasil).