
Porém, como explica a cardiologista Denise Hachul, professora do Instituto do Coração (InCor) da USP, existem situações em que as palpitações não são naturais, podendo indicar um problema de saúde. Por isso, p recomendado é que o indivíduo busque acompanhamento profissional. "Se você está em repouso, e de repente começa a sentir o coração acelerado, fora do compasso ou que ele dá uma 'paradinha', uma espécie de engasgo, isso deve ser encarado como uma potencial arritmia, e o indivíduo deve procurar um cardiologista para analisar o que está ocorrendo", esclarece a especialista, em entrevista para a Rádio USP.
De acordo com a cardiologista, as arritmias podem ter alto e baixo risco, dependendo da origem, e que, para se prevenir, o primeiro passo é detectar a presença de doenças cardíacas, ou de condições genéticas que levem a esse problema. No caso de palpitação anômala, a médica explica que o tratamento varia desde alterações alimentares e no estilo de vida, como prática de exercícios, até procedimentos de cauterização dos focos arrítmicos, passando ainda por medicamentos.
A palpitação pode, em alguns casos, estar relacionada a riscos de infarto, alerta Denise Hachul, mesmo que não seja um diagnóstico totalmente confiável para casos de colapso do coração. "O infarto ocorre por obstrução das artérias coronárias que irrigam o músculo cardíaco. Algumas vezes, a falta de oxigenação desse músculo, por diminuição dessa circulação sanguínea, pode provocar sensações de arritmia, além de dores e desconforto no peito. Principalmente durante atividades físicas, existem pessoas que, ao invés de sentir dores no peito, sentem palpitações, e geralmente não têm um prognóstico bom. Então, sempre que essa sensação acompanhar uma atividade física, mesmo que a pessoa seja jovem e atleta, deve-se procurar uma avaliação cardiológica", afirma a professora do InCor.
(com Rádio USP)