Estado de Minas EDUCAÇÃO

Intercâmbio ajuda na formação dos jovens

Além do idioma, experiência gera amadurecimento e enriquecimento cultural


postado em 12/09/2018 15:45 / atualizado em 12/09/2018 15:10

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
O intercâmbio é uma experiência enriquecedora para pessoas de qualquer idade, porém, quando realizado na adolescência, os benefícios são ainda maiores. Do aprendizado rápido à qualificação profissional por conta da nova língua, conectar-se com uma nova cultura na juventude tem ainda mais impacto na formação da personalidade e da visão de mundo.

"Enquanto os adultos podem demorar até seis meses para absorver o novo conhecimento, em dois meses os adolescentes já estão sonhando na nova língua, o que demonstra a consolidação do conhecimento nesse curto período", afirma Michele Argenta, da agência Travelmate. A facilidade é explicada pela maior atividade no hipocampo do cérebro nessa idade, o que estimula o aprendizado, a memória e a busca por recompensa – que é intensificada pela convivência com colegas nativos.

A disponibilidade para focar nos estudos é outro fator que favorece os jovens, já que eles têm mais tempo livre, uma vez que ainda não começaram a carreira. Fora do país, eles podem se dedicar a aprender a nova língua e também aproveitar as matérias orientadas vocacionalmente. Já os mais velhos, muitas vezes, aproveitam as férias para aperfeiçoar o idioma, e nem sempre os cursos menores são suficientes para o resultado que esperam. Quem fica mais tempo no exterior, muitas vezes, precisa trabalhar para bancar o intercâmbio, o que também reduz o aproveitamento.

Financeiramente, o valor do intercâmbio pode variar conforme a idade e o objetivo. Cursar o ensino médio em outro país pdoe custar, em média, US$ 8 mil (cerca de R$ 33 mil), incluindo escola, acomodações – em casas de família ou no dormitório compartilhado da escola – e gastos rotineiros, como comida, transporte e compras. A média de preços de intercâmbio para adultos é parecida, porém as escolhas podem aumentar as despesas, como a opção por quarto privativo, a possibilidade de aproveitar a vida noturna, já que há mais liberdade para voltar tarde para casa, e fazer pequenas viagens sozinho, por exemplo.

Morar e estudar em outro país na faixa dos 13 aos 18 anos é ainda um fator importante para amadurecer. Os adolescentes passam por uma mudança de comportamento e valores. "Se o estudante conviver com uma família hospedeira ou na escola, terá que se acostumar com atividades simples, mas que na maioria das vezes não está habituado a fazer em casa, como arrumar o próprio quarto, organizar os próprios horários e usar o transporte público sozinho. É trabalhoso, mas contribui para seu crescimento pessoal", comenta Michele Argenta. Acompanhar os estudos na outra língua, conviver com diversas nacionalidades, fazer amizades e adaptar-se aos hábitos alimentares e ao clima são outros desafios.

As exigências práticas para aderir ao programa de ensino mMédio no exterior costumam ser boas notas na escola, nível intermediário no idioma do país de destino e, além do passaporte e vistos – quando necessário –, os documentos principais: histórico escolar, carteirinha de vacinação e Application (perfil do estudante).

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