Revista Encontro

Internacional

Nasa quer ajuda na colonização de Marte e pagará US$ 1 milhão

Agência criou um desafio para que o CO2 do Planeta Vermelho seja convertido em glicose

João Paulo Martins
Para quem curte desafios e entende de Química e Física, a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) está oferecendo um prêmio de US$ 1 milhão (cerca de R$ 4,15 milhões) para a pessoas que conseguir criar uma forma de converter o dióxido de carbono (CO²) abundante na atmosfera de Marte em outros compostos que possam ser usados %u200B%u200Bpara sustentar a vida no Planeta Vermelho.

Apelidado de Desafio de Conversão de CO², a Nasa está procurando cientistas para descobrir como transformar o dióxido de carbono em moléculas de glicose.

"Permitir que a vida humana se sustente em outro planeta exigirá uma grande quantidade de recursos e, possivelmente, não poderemos levar tudo que precisaremos.
Temos que ser criativos", comenta Monsi Roman, gerente de programa Centennial Challenges da Nasa, responsável pelo desafio, em entrevista para o jornal americano New York Post. "Se pudermos transformar um recurso existente e abundante como o dióxido de carbono numa variedade de produtos úteis, as aplicações espaciais e terrestres serão inimaginváveis", completa.

No site criado especialmente para o desafio, a Nasa explica que os átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio são essenciais para a construção das moléculas de açúcares, que, por sua vez, "são fontes de energia preferenciais de micróbios", por serem mais fáceis de metabolizar. A intenção da agência espacial americana é transformar o CO² abundante em "combustível" para biorreatores que podem ser instalados em Marte e que darão apoio a futuras missões de colonização.

O concurso é dividido em duas fases. Na primeira, chamada de "conceito", serão premiados cinco finalistas com os melhores projetos (cada um ganhará US$ 50 mil, ou R$ 207,5 mil). Neste momento, será preciso descrever todo o sistema de conversão, incluindo "detalhes das abordagens físico-químicas para converter dióxido de carbono em glicose".

Já na segunda fase, o vencedor será quem cosneguir construir e demonstrar, na prática, o pleno funcionamento do sistema. O prêmio chega a US$ 750 mil (cerca de R$ 3,1 bilhões).

A inscrição termina no dia 24 de janeiro de 2019. Os finalistas serão anunciados em abril de 2019..