De acordo com Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, citado pela Anvisa, a tendência atual na pesquisa de medicamentos é que tenhamos produtos cada vez mais direcionados. Para ele, a racionalidade na prescrição de fármacos será fundamental para que os recursos públicos sejam bem aproveitados. Hoff diz que o diagnóstico adequado será fundamental para permitir que as pessoas tenham acesso a tratamentos mais modernos sem necessariamente arcar com custos mais elevados.
Para Renato Porto, diretor de Regulação Sanitária da Anvisa, a discussão atual sobre medicamentos não é mais sobre a avaliação da qualidade do que chega ao mercado, mas sobre como os medicamentos aprovados pela agência reguladora serão utilizados pelos profissionais de saúde e pacientes no dia a dia. "Isto afeta a discussão sobre incorporação de novas drogas no sistema público pois, além da eficácia e da segurança que já são avaliadas pela Anvisa, a incorporação pelo SUS vai ter que considerar a efetividade do diagnóstico", explica o diretor.
Ele lembra ainda que a Anvisa já permite o acesso a medicamentos que ainda estão em fase de pesquisa, em casos como doenças raras ou sem tratamento disponível.
Justamente o principal desafio da indústria farmacêutica é fazer com que medicamentos novos ou direcionados para doenças raras tenham um preço competitivo em relação aos demais fármacos. Segundo Paulo Hoff, de cada 100 pesquisas promissoras apenas de três a cinco se tornam efetivas, aumentando o custo de pesquisa e do desenvolvimento.
(com portal da Anvisa).