O trabalho dos militares envolveu resgate de pessoas ilhadas e em casas com risco de desabamento, resgate de corpos, avaliação de situações de áreas impactadas, liberação de vias, recuperação de estruturas de casas, igrejas e escolas, treinamentos com a população local, entre outras atividades. Segundo capitão Kleber Silveira, piloto e especialista em gestão de Defesa Civil, que conversou com Encontro cerca de duas semanas após chegada da equipe no país africano , a situação precária de grande parte da população também deve ser considerada nos tratamentos de recuperação e ajuda humanitária, pois muitos não têm acesso a itens básicos, como água potável e remédios, e não conseguiram retornar ao local onde moravam, tendo perdido tudo. "Poucos lugares usam água tratada e muitas casas sequer têm banheiro. Assim, transferir essas pessoas para abrigos temporários lhes garante melhor condição de saúde, alimentação, hidratação, pois isso é oferecido nesses acampamentos", disse.
As autoridades locais pediram prorrogação do prazo de atuação dos militares, e, por isso, uma nova equipe de cinco bombeiros chegou ao continente na última segunda-feira (6) para atuar junto com os militares Força Nacional de Segurança Pública. A previsão é de que eles permaneçam no país por cerca de trinta dias em missão humanitária. Os militares que chegam a BH devem ser recebidos pelo governador do Estado, Romeu Zema, o Comandante-Geral do CBMMG, Coronel Edgard Estevo da Silva, e o Chefe do Estado-Maior, Coronel Erlon Dias Botelho.