Pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade relativa do ar ideal é de 60%. Inclusive, a OMS recomenda que seja decretado estado de atenção quando os índices ficam entre 20 e 30%, e estado de emergência, se registrada umidade relativa do ar entre 12 e 20%.
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Segundo a alergista Gena Lamy Lima, as consequências do tempo seco para a saúde são ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz, favorecendo atuação de agentes infecciosos como vírus e bactérias e agravamento de doenças respiratórias, principalmente infecções de vias aéreas, como rinites, sinusites, pneumonias e asma.
Embora todos sofram com a baixa umidade, a especialista alerta que as crianças menores de cinco anos e idosos são os mais vulneráveis.
Para reduzir as consequências do tempo seco, Gena Lamy Lima recomenda alguns cuidados simples, que podem amenizar ou melhorar essas reações incômodas que surgem com a baixa umidade relativa do ar:
- Beber bastante líquido, água, sucos naturais, água de coco e alimentação com verduras e frutas suculentas
- Manter a casa limpa principalmente para pacientes alérgicos. Passar pano úmido no chão e móveis diariamente
- Ambientes podem ser umidificados com toalhas molhadas, reservatório com água ou uso de umidificadores. Estes devem ser higienizados diariamente e devem ser mantidos ligados apenas no período em que a pessoa estiver no ambiente. O uso contínuo pode favorecer crescimento de ácaros e mofo piorando doenças alérgicas
- Lubrificar os olhos e nariz com soro fisiológico sempre que sentir ressecados
- Cuidados com a pele também são essenciais. O uso de hidratantes hipoalergênicos atenua o ressecamento da pele. Evitar banhos quentes e prolongados (menos de 10 minutos), não abusar dos sabonetes (os líquidos ressecam menos) e não usar buchas
- A prática de esportes deve ser feita antes das 10h ou após 16h. Quando praticadas ao ar livre, o uso de protetor solar é essencial
- O clima seco favorece formação de queimadas. Nesse caso, a orientação é que as pessoas não queimem resíduos como folhas secas, pneus e outros objetos nas ruas e terrenos dentro da cidade, pois tal prática piora ainda mais a qualidade do ar e ocasiona maior dano à saúde
*Publicado originalmente em 06/09/2017.