Revista Encontro

TURISMO

Tiradentes (MG) começa a testar charrete elétrica para substituir animais

Ação é o primeiro passo para, gradualmente, extinguir o uso de veículos de tração animal na cidade histórica mineira

Da redação
- Foto: Thais Andressa/Stage Comunicação/Divulgação Prefeitura de Tiradentes
Em um esforço para modernizar o transporte turístico e combater o uso de veículos de tração animal, a cidade histórica de Tiradentes (MG), no Campo das Vertentes, iniciou os testes de uma charrete elétrica. O protótipo, criado por pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) em parceria com o Instituto Arbo, foi desenvolvido com financiamento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
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Conforme destaca o site da rádio CBN, Carlos Caprioglio, procurador de Tiradentes, explicou que o primeiro protótipo passará por testes ao longo de seis meses para avaliar sua adaptação ao relevo e às tradicionais ruas de pedra do Centro Histórico. Caso a charrete elétrica seja aprovada, o MPMG deverá financiar a produção de mais nove unidades.
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O procurador municipal informou, ainda, que a substituição completa das 30 charretes atualmente em uso na cidade deverá ocorrer de forma gradual e pode levar até cinco anos, conforme a legislação municipal que estabelece a transição.
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- Foto: Thais Andressa/Stage Comunicação/Divulgação Prefeitura de Tiradentes"Sendo aprovado esse teste, vão para a produção outras nove charretes que serão pagas pelo Ministério Público. Depois, possivelmente, o Ministério Público, juntamente com emendas parlamentares, ou mesmo a Cemig, que está tentando verificar o orçamento, ficaria a cargo de custear o restante da substituição. A lei municipal é muito clara, só serão proibidas charretes de tração animal quando as 30 charretes elétricas estiverem na posse dos charreteiros", detalhou Carlos Caprioglio à CBN.
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O projeto que deu início à implementação das charretes elétricas foi alcançado após pressão de grupos de proteção animal, que denunciaram casos de maus-tratos aos cavalos usados nos passeios turísticos pelo Centro Histórico de Tiradentes. 
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A Associação dos Charreteiros de Tiradentes negociou a mudança durante muito tempo com MPMG, e a aceitou a transição, com a condição de que seja feita de forma gradual e sem impacto financeiro significativo para os charreteiros, que têm no ofício sua principal fonte de renda. A associação afirmou também que os cavalos recebem acompanhamento veterinário e cuidados regulares para assegurar seu bem-estar.

Com o avanço na substituição das charretes tradicionais, a Prefeitura de Tiradentes estuda a criação de um santuário para os cavalos ou sua doação para novos tutores, garantindo o cuidado e proteção dos animais após o término da transição.
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