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NEGÓCIOS

Cimed projeta faturamento de R$ 10 bilhões até 2030

O MSA 2025, evento realizado pelo grupo no São Paulo Expo, contou com um investimento de R$ 30 milhões e apresentou o futuro do varejo farmacêutico

Daniela Costa*
- Foto: Divulgação
Com o objetivo de produzir e distribuir tudo o que tem no ambiente de farmácia, o grupo Cimed, terceira maior indústria farmacêutica do Brasil em volume de vendas, pretende chegar a uma receita de R$ 10 bilhões até 2030. A cifra foi anunciada durante o MSA 2025, evento realizado pela empresa no São Paulo Expo, no último fim de semana. A produção de medicamentos, cosméticos e suplementos para a saúde ocorre no complexo fabril da Cimed localizado no Sul de Minas, na cidade de Pouso Alegre.  O grupo também possui centro de distribuição e gráfica em São Sebastião da Bela Vista, também em solo mineiro, além de outros 26 centros de distribuição espalhados pelo país. A sede administrativa fica em São Paulo.
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A terceira edição do evento contou com um investimento de R$ 30 milhões e transformou o ambiente de 34 mil metros quadrados, além de  três pavilhões, para apresentar a parceiros e colaboradores o futuro do varejo farmacêutico. “Realizamos o maior summit do setor no mundo e não vamos parar por aí”, disse o CEO João Adibe. A feira reuniu experiências imersivas, palestras e lançamentos de produtos da empresa que, em 2024, faturou R$ 3,6 bilhões. Com um portfólio de mais de 600 produtos e distribuição nacional para 98% das farmácias no Brasil, a Cimed aposta na ampliação de seu mix de produtos e de sua capacidade logística de armazenamento para duplicar o faturamento.
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Uma das novidades apresentadas pelo grupo foi o lançamento do projeto “Foguete Amarelo” que visa trabalhar com farmácias de pequeno porte de todo o país com potencial para se transformar em ponto de vendas dos produtos Cimed. “Além de receber um estoque inicial que tem alta demanda de vendas, os comerciantes só pagarão pelas mercadorias quando o produto for vendido, em uma operação consignada”, disse Adibe. Pioneira, a farmacêutica será a primeira do país a investir em uma plataforma tecnológica para impulsionar o pequeno empreendedor. Em seu portfólio estão produtos como a marca Lavitan, composta por uma gama de  suplementos alimentares.
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A estreia da linha João e Maria veio para concorrer com produtos voltados para os cuidados com bebês e crianças. Na linha de maquiagem e perfumaria, a ampliação do mix de produtos da Carmed tornou-se um dos carros chefes de vendas do grupo. Outra novidade são os enxaguantes e cremes dentais com sabores de frutas. Em uma proposta mais ousada, a Cimed apresentou o rebranding de produtos de bem-estar sexual, visando quebrar tabus e viabilizar a venda dentro das farmácias. A empresa também aguarda a quebra de patente de medicamentos importados, como o Ozempic, usado para emagrecimento, para iniciar a sua produção. “O futuro da indústria farmacêutica é justamente o aumento do portfólio através da quebra de patentes, tornando o preço mais acessível para o consumidor”, garante o CEO.

*A jornalista viajou a convite da Cimed
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