Revista Encontro

CONTEÚDO PATROCINADO

Gastronomia afetiva: alunas quilombolas unem tradição e modernidade

Projeto itinerante do Sistema Divina Providência, SDP, leva qualificação profissional a povos tradicionais e demais moradores do interior de Minas

Em Fortuna de Minas, alunas resgatam receitas ancestrais e acrescentam novos ingredientes. O curso faz parte do programa itinerante do Sistema Divina Providência que leva qualificação profissional sem deixar de lado a cultura local, criando oportunidades de renda e transformação social - Foto:
Iniciativa inédita do SDP qualifica pessoas para o mercado de trabalho sem deixar de lado raízes culturais. Com 18 alunas recém-formadas no curso de Confeitaria, o projeto oferece oportunidade para comunidade quilombola em Fortuna de Minas, a 100 quilômetros de Belo Horizonte.
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"Levamos um pouco da modernidade, mas também resgatamos o que vinha dos avós e pais dessas comunidades, coisas que estavam se perdendo com o tempo", explica Edson Miranda, coordenador dos cursos itinerantes do SDP.
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Os cursos oferecidos vão além da gastronomia. O projeto abrange também formação em beleza, empreendedorismo e pequenos negócios. Edson explica que o modelo itinerante possibilita que a qualificação chegue a quem mais precisa. "Além dessa turma no Norte de Minas, hoje, estamos em 36 municípios da Bacia do Paraopeba, no sudeste do estado, levando educação profissional a diversas comunidades", ressalta.
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Resgate Cultura


No curso as alunas puderam relembrar receitas tradicionais quilombolas, como o beiju (iguaria feita de tapioca) e o biscoito de goma. "É um resgate cultural e, ao mesmo tempo, uma nova oportunidade para empreender", destaca Edson.
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- Foto: Nilza Alves da Silva, recém-formada no curso de gastronomia pelo SDP e moradora da comunidade quilombola, relata o impacto da formação na vida dela e da família. Ela conta que a influência da confeitaria contemporânea apresentada no curso permitiu adaptar pratos tradicionais. Um exemplo é a banoffee (torta de origem inglesa recheada com banana, doce de leite e chantilly), que, na versão das alunas quilombolas, incorpora ingredientes locais, além da banana, mandioca e abacate.
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"O conhecimento da comunidade quilombola está crescendo cada vez mais, lidando com as novas tecnologias, mas sem perder a origem, que é o mais importante", afirma Nilza.

De acordo com Edson, os cursos são realizados em parceria com prefeituras locais e grandes empresas, e já alcançaram 36 municípios da Bacia do Rio Paraopeba, na região sudeste de Minas. "Com uma estrutura itinerante, a iniciativa leva educação profissional diretamente às comunidades, promovendo oportunidades de crescimento e valorização cultural", explica Edson.
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Visita Especial


Em fevereiro de 2025, as alunas do curso profissionalizante de gastronomia da dessa comunidade quilombola visitaram unidades da sede central do SDP em Belo Horizonte e na Cidade dos Meninos, em Ribeirão das Neves. Guiadas por Edson Miranda, foram recebidas por Ariana Lopes, coordenadora-geral dos Centros de Formação Profissionalizantes do SDP, e Gérsica Reis, coordenadora-geral dos CFPs em Ribeirão das Neves, além de instrutores do curso de gastronomia. Durante a visita, conheceram as instalações e receberam orientações da Luciana Weber, coordenadora do curso de gastronomia da unidade de BH.
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- Foto: "Vários alunos chegam falando: 'eu já sei fazer bolo'. Mas, é interessante quando saem do curso e percebem que, na verdade, tinham muito mais a aprender", comenta Luciana. Além da técnica, ela ressalta um importante ingrediente para o sucesso no mercado.
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"Muitos empreendedores focam apenas na produção e esquecem da gestão. É fundamental calcular os custos, divulgar a marca, criar estratégias de venda. Minha mãe e eu vendíamos doces para bufês e, por muito tempo, não percebemos que o público final também era essencial para fortalecer nosso nome. O curso de confeitaria e gelateria do SDP tem ajudado muitos alunos a empreender, seja vendendo doces e sorvetes, seja inovando na área de drinks e eventos. A dedicação e o aprendizado contínuo são fundamentais para esses novos profissionais."
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Daniela Grandini, confeiteira e professora do curso de gastronomia em Fortuna de Minas pelo SDP, descreve a experiência de levar conhecimento a uma comunidade quilombola:

"Eles mostram o que sabem e ficam bem atentos ao que ensino. Mostrou que a confeitaria vai além da técnica: ‘é amor. Trabalhar com doces encanta, porque todo mundo gosta, do mais novo ao mais velho", afirma. Daniela destaca a troca de conhecimentos com os alunos. "Você ensina, mas também aprende muito com eles. É gratificante ver o interesse e o esforço de cada um para crescer na área."

Esse ciclo de aprendizado se mantém dentro do SDP. Edson Miranda é prova disso. "Nunca é tarde para aprender! Assim como cresci dentro do Sistema Divina Providência e, hoje, me tornei coordenador, a oportunidade está ao alcance de todos."

Meta Descrição SEO 156 caracteres: Projeto do SDP leva qualificação a quilombolas em MG, unindo tradição e modernidade na gastronomia. Curso itinerante valoriza cultura e impulsiona o empreendedorismo.
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