De acordo com a seguradora Líder, responsável pela administração do Seguro de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), foram indenizadas 560.789 vítimas de acidentes nos últimos dois anos. As informações constam em um boletim estatístico divulgado pela empresa na quinbta, dia 20 de setembro, em meio à Semana Nacional do Trânsito, que vai até o dia 25. Como o prazo prescricional para a solicitação do benefício do Seguro DPVAT é de até três anos, os dados podem sofrer alterações conforme as ocorrências são notificadas por vítimas e beneficiários.
Os números mostram que houve uma redução de 22% nas ocorrências entre 2016 e 2017. No ano passado, foram 245.371 acidentes indenizados no país, contra 315.398 no ano anterior. A redução, no entanto, não significa uma tendência de queda nas ocorrências. De acordo com a Líder, é provável que aumentem os pedidos de indenização por acidentes em 2017, já que o prazo de prescrição de pedidos só termina em 2020. Neste cenário, o número de ocorrências entre um ano e outro tende a ser mais parecido.
Os casos de invalidez permanente representaram a maioria das indenizações tanto em 2017 (68%) quanto em 2016 (73%). O reembolso de despesas médicas representaram um percentual de 20% no ano passado e 16% no ano anterior.
No ano passado, a maior incidência de acidentes foi com vítimas do sexo masculino (76%), mantendo o mesmo comportamento dos anos anteriores. A faixa etária mais atingida no período foi de 18 a 34 anos, representando 49% do total das indenizações pagas, o que corresponde a quase 119 mil indenizações.
O número de mortes, segundo as estatísticas dos acidentes indenizados, caiu 13% entre 2016 e 2017. Foram 29,5 mil mortes no ano passado, contra 33.833 no ano anterior.
Entre as mortes e vítimas com sequelas permanentes, a maioria (70%) eram condutores de veículos, principalmente motociclistas. Os pedestres ficaram em segundo lugar nos acidentes fatais ocorridos e indenizados no período (22%), porém, nos acidentes envolvendo invalidez permanente e reembolso de despesas médico-hospitalares, os passageiros representaram a segunda maior parcela de ocorrências, com 15% e 16%, respectivamente.
De janeiro a dezembro de 2017, seguindo a mesma tendência de anos anteriores, a motocicleta representou a maior parte das ocorrências (76%) apesar de corresponder, em números absolutos, apenas a 27% de toda a frota nacional. Esse número cresce no Nordeste, onde as motocicletas são quase a metade (44%) da frota total. Nos estados dessa região, ocorreram 35% das indenizações por morte e invalidez permanente envolvendo motocicletas no período analisado.
Capitais e regiões
As cinco capitais com o maior número de acidentes indenizados em 2017 foram São Paulo (5.998), Fortaleza (3.908), Goiânia (3.587), Rio de Janeiro (2.877) e Teresina (2.493). Na parte de baixo da lista, Vitória (335), Macapá (390), São Luís (448), Rio Branco (483) e Belém (600) foram as capitais com menos ocorrências registradas.
Em termos regionais, nordeste e sudeste concentram o maior número de acidentes indenizados em 2017, com 30% do total cada. Em seguida, aparece a região sul, com 20% das ocorrências, seguida por centro-oeste e norte, que somam 10% cada.
A maior incidência de acidentes já indenizados em 2017 foi no período do anoitecer, entre 17h e 19h59, representando 23% das indenizações, seguida pelo período da tarde (13h às 16h59), que representou 21% das ocorrências no total.
(com Agência Brasil).