De acordo com laudo da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, os cortes em forma da cruz suástica, relacionada ao nazismo alemão de Adolf Hitler, feitos no corpo de uma jovem que, supostamente, teria sido atacada na rua, há duas semanas, em Porto Alegre, provavelmente foi automutilação. Outra possibilidade, conforme a autoridade policial, é que tenham sido feitas de forma consentida.
A informação foi confirmada ao jornal Correio Braziliense pelo delegado Paulo Cesar Caldas Jardim, responsável pelo caso, nesta quarta, dia 24 de outubro. Segundo ele, a jovem será denunciada por falsa comunicação de crime. "A menina é doente, tem problemas psiquiátricos", comenta o delegado ao Correio. Ele dará uma entrevista coletiva para apresentar mais detalhes do caso ainda nesta quarta (24).
De acordo com a versão contada à época pela jovem, após diversas ofensas e ameaças, um trio a rendeu e marcou o corpo dela com a marca nazista. Segundo o depoimento da vítima, os agressores teriam usado canivete para ferí-la.
Ainda à polícia, ela contou que usava uma camiseta com a estampa "#EleNão" no momento do ataque. A hashtag ganhou força durante a campanha eleitoral, em referência ao movimento de oposição à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência da república.
Na época, o delegado Paulo Cesar Caldas Jardim chegou a dizer que a marca não se tratava de uma suástica. Segundo ele, o símbolo era uma referência budista, que significa "amor e fraternidade".
A vítima registrou boletim de ocorrência no dia seguinte ao episódio, mas não quis levar a ação contra os agressores adiante "por questões emocionais". No último dia 11, o chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Emerson Wendt, disse que as investigações haviam sido retomadas.