Os estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão escolher qual avaliação farão no segundo dia do teste. No primeiro dia, será cobrado o conteúdo comum ensinado a todos os estudantes do país. O novo modelo foi apresentado nesta terça, dia 20 de novembro, pelo ministro da Educação Rossieli Soares. Mas, segundo ele, o exame não será alterado no ano que vem, e sim, apenas em 2021.
Conforme o Ministério da Educação (MEC), as mudanças são necessárias para adequar o Enem ao novo ensino médio, cuja lei foi aprovada em 2017. Pela nova legislação, os estudantes passarão por uma formação comum a todo o país, definida pela chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que ainda está em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE), e por uma formação específica, que poderá ser em Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas ou ensino técnico.
O Enem seguirá o mesmo modelo. No primeiro dia, será cobrada a BNCC e, no segundo, o estudante será avaliado de acordo com o itinerário escolhido. "O Enem tem que ser reflexo do ensino médio que a gente deseja. Se vai ter flexibilidade, o itinerário não é só aprofundamento, são caminhos diferenciados, tem que fazer avaliação desses itinerários", comenta Rossieli Soares na coletiva de imprensa.
As mudanças no Enem estão previstas nas novas Diretrizes Curriculares Nacionais do ensino médio, homologadas nesta terça (20) pelo ministro.
Para entrar em prática, no entanto, é preciso que a BNCC seja aprovada pelo CNE. O MEC pretende ver a base curricular aprovada ainda este ano, mas isso depender da agenda do CNE.
Questionado sobre a possibilidadede as mudanças previstas no Enem não serem implementadas no próximo governo, o ministro Rossieli Soares afirma que, para isso, o novo presidente teria que mudar as normas vigentes. "Cabe ao novo governo avaliar e implementar as políticas, mas o que é normal é que deve ser cumprido, a não ser que ele mexa na norma. As diretrizes são normas que estarão vigentes para o Brasil, então, deverão ser seguidas em todo o Brasil", diz o ministro.
(com Agência Brasil)