Um relatório divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA) nesta segunda, dia 19 de novembro, revela o aumento de 25, em 2016, para 45, em 2017, no número de barragens com risco de desabamento no Brasil. A maioria está localizada nas regiões norte e nordeste, em estados como Acre, Alagoas e Bahia. De acordo com o levantamento, há problemas de baixo nível de conservação, insuficiência do vertedor e falta de documentos que comprovem a estabilidade da barragem.
As informações constam do Relatório de Segurança de Barragens – 2017, de 84 páginas, coordenado anualmente pela ANA. No período coberto pelo relatório foram identificados 14 episódios de acidentes e incidentes, sem vítimas fatais.
Das 45 barragens em situação de risco, 25 pertencem a órgãos e entidades públicas, segundo a agência reguladora. No país há um cadastro que reúne 24.092 barragens de diferentes finalidades, como acúmulo de água, de rejeitos de minérios ou da indústria e para geração de energia.
Porém, os técnicos calculam que o número de represamentos artificiais no país seja pelo menos três vezes maior. De acordo com a ANA, a quantidade exata só será conhecida quando os órgãos e entidades fiscalizadoras cadastrarem todas as barragens sob sua jurisdição.
Dos 24.092 represamentos registrados, 3.545 foram classificados pelos agentes fiscalizadores como categoria de risco e 5.459 como dano potencial associado. Das barragens cadastradas, 723, o equivalente a 13%, foram classificadas simultaneamente nessas duas categorias.
O Brasil possui 43 potenciais agentes fiscalizadores, dos quais quatro são federais e 39, estaduais.
Investimentos
No relatório, a Agência Nacional de Águas informa que foram aplicados R$ 34 milhões, no ano passado, para serviços de operação, manutenção e recuperação de barragens. Em 2016, foram investidos R$ 12 milhões.
(com Agência Brasil)