De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os medicamentos genéricos e similares foram os campeões de vendas de medicamentos no Brasil em 2017. Um levantamento da Anvisa mostra que foram vendidos 2,9 bilhões desses tipos de produtos no ano passado, o que representou 65% do total de caixas de remédios vendidas no país (4,4 bilhões).
Foram mais de 1,5 bilhão de caixas de genéricos (34,6% do total) e cerca de 1,3 bilhão de medicamentos similares (30,6%). Eles representaram um terço do faturamento global do setor, chegando a R$ 23,5 bilhões em produtos comercializados – 33,9% do total das vendas –, conforme informação divulgada pela Anvisa.
Em matéria divulgada em seu site oficial, a agência informa que a participação de medicamentos genéricos e similares no mercado brasileiro está num nível próximo ao de países como Estados Unidos e Canadá.
Para a Anvisa, as informações também indicam o êxito da política pública nacional de acesso a medicamentos e a confiança da população brasileira nessa classe de produtos, que custam no mínimo 35% menos para os consumidores do que os medicamentos de referência.
No ano passado, o volume de negócios envolveu 88 empresas produtoras de genéricos, que, juntas, venderam um total de 2.450 produtos diferentes, em 4.202 apresentações. Sozinhos, os genéricos renderam R$ 9,3 bilhões.
Outro dado interessante é que 63% do faturamento total dos genéricos foi composto por medicamentos com preço de fábrica inferior a R$ 25 por unidade, segundo a Vigilância Sanitária. Apenas 9% ficaram acima da faixa de R$ 250.
Entre as 20 maiores empresas produtoras desse tipo de remédio, destaque para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), laboratório público que ocupou o 10º lugar no ranking, com vendas entre R$ 250 milhões e R$ 500 milhões em 2017.
Especificamente em relação aos medicamentos similares, 149 empresas produziram um total de 2.320 produtos, em 4.409 apresentações diferentes, com faturamento de R$ 14,1 bilhões.
(com portal da Anvisa)