No próximo sábado, dia 1º de dezembro, é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça (27), mostram uma redução de 16% dos casos e óbitos decorrentes da doença no Brasil nos últimos quatro anos. Segundo a pasta, em nota enviada à imprensa, fatores como a garantia do tratamento, melhora do diagnóstico, ampliação do acesso aos testes e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento contribuíram para a queda.
Os números revelam que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil – correspondendo a 40 mil novos casos todos os anos. Em 2012, a taxa de detecção da doença era de 21,7 casos a cada grupo de 100 mil habitantes. Já em 2017, o índice caiu para 18,3 casos. No mesmo período, a taxa de mortalidade por Aids passou de 5,7 a cada 100 habitantes para 4,8 óbitos.
O relatório do Ministério da Saúde também aponta uma redução significativa na transmissão vertical do vírus HIV – quando o bebê é infectado durante a gestação – entre 2007 e 2017. A taxa caiu 43%, passando de 3,5 casos a cada 100 mil habitantes para dois.
Homens
Os dados mostram ainda que 73% das novas infecções por HIV no Brasil acontecem entre pessoas do sexo masculino, sendo que 70% dos casos são registrados entre homens de 15 a 39 anos.
A pasta aproveitou para anunciar que, a partir de janeiro de 2019, a rede pública de saúde passará a oferecer o autoteste de HIV para populações-chave e pessoas em uso de medicamento de pré-exposição ao vírus da Aids. A previsão é que sejam distribuídas, ao todo, 400 mil unidades do teste, inicialmente nas cidades de São Paulo, Santos, Piracicaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus.
Tratamento
Ainda de acordo com o boletim epidemiológico, desde 2013, quando os antirretrovirais passaram a ser distribuídos a todos os pacientes soropositivos, independente da carga viral, até setembro deste ano, 585 mil pessoas com HIV estavam em tratamento no Brasil. A maioria (87%) faz uso do dolutegravir, que aumenta em 42% a chance de supressão viral (diminuição da carga de HIV no sangue) em relação ao tratamento anterior. A resposta, neste caso, também é mais rápida: no terceiro mês, mais de 87% dos usuários já apresentam supressão viral.
(com Agência Brasil)