Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 29% dos trabalhadores brasileiros têm receio médio ou alto de serem demitidos. De acordo com a pesquisa, embora o número esteja num patamar ainda preocupante, o percentual de trabalhadores que temem o desemprego é inferior ao registrado nos últimos três meses.
Os dados apontam que 36% dos entrevistados avaliam como baixa a probabilidade de demissão, enquanto 35% acham que não há esse risco. De modo geral, 45% dos entrevistados declararam ter ao menos uma pessoa desempregada dentro da residência.
Nos demais quesitos que fazem parte do estudo, oito em cada 10 brasileiros avaliam de forma negativa as condições do atual cenário econômico, enquanto 17% consideram o desempenho regular, e apenas 2% enxergam o quadro de forma positiva. Entre os que avaliam o clima econômico como ruim, 68% culpam o desemprego elevado; 58% o aumento nos preços; 36% as altas taxas de juros; e 27% a desvalorização do real.
Sobre as expectativas quanto ao futuro do quadro econômico, 42% dos brasileiros não sabem se as condições econômicas do país estarão melhores ou piores nos próximos seis meses, período que já engloba o mandato do novo presidente da república. De acordo com a pesquisa do SPC Brasil, 21% dos entrevistados avaliam de forma positiva, ao passo que 32% estão declaradamente pessimistas.
O desemprego e o receio de que a inflação saia do controle são os fatores que mais pesam entre os pessimistas, enquanto a maior parte dos otimistas (43%) não sabe explicar as razões desse sentimento e 33% apostam em um cenário político mais estável.
De acordo com o SPC Brasil, em comunicado enviado à imprensa, o emprego é um dos fatores que mais impactam na confiança do consumidor, e que enquanto o mercado de trabalho não mostrar sinais vigorosos de recuperação, a confiança do trabalhador seguirá retraída. A entidade ressalta ainda que, apesar da visão quanto a situação econômica do país, o consumidor sabe que aumentar o próprio controle financeiro pode ajudá-lo a enfrentar o ambiente adverso.
(com Agência Brasil).