Em comunicado divulgado nesta terça, dia 27 de novembro, o ministro da Educação Rossieli Soares afirma que procedimentos de segurança do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão que ser revistos caso o presidente eleito Jair Bolsonaro queira ter acesso às provas antes de serem aplicadas. "Se o presidente eleito vai ou não vai ver a prova, caberá a eles, a partir de 1º de janeiro, entender qual o modelo de gestão ", diz o ministro.
O comentário foi feito após o jornal Folha de S. Paulo ter divulgado na última segunda (26) uma entrevista com o ministro da Educação indicado por Bolsonaro, Ricardo Vélez-Rodríguez, que revelou que não impedirá o presidente eleito de atestar a qualidade das provas do Enem, pois, segundo ele, "é bom que o presidente se interesse pelo exame".
"Nós entendemos, inclusive por questão segurança das próprias autoridades, que cabe às equipes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira fazerem a gestão da prova. Na nossa gestão, eu não olhei, e pelo que sei, outros ministros também não olharam. Falo de ministros, não falo nem de presidentes, que também não olharam a prova", comenta Rossieli Soares.
O atual ministro explica que a prova, após elaborada, fica em uma sala-cofre e só deixa o local para ser levada para a gráfica, escoltada por policiais federais. "Existe um processo, um procedimento, que precisará ser revisto para que isso aconteça, mas caberá a eles a partir de 1º de janeiro", diz Rossieli no comunicado.
Após a aplicação do Enem 2018, Bolsonaro fez críticas ao exame. Ele disse que, ao assumir o governo, não permitirá a inclusão de determinadas questões no exame nacional.
(com Agência Brasil).