Estado de Minas CONSUMIDOR

Aprovada nova fórmula de reajuste dos planos de saúde

Metodologia acaba de ser divulgada pela ANS


postado em 20/12/2018 16:40 / atualizado em 21/12/2018 08:56

(foto: Pixabay e ANS/Divulgação)
(foto: Pixabay e ANS/Divulgação)

Nesta quinta, dia 20 de dezembro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou a nova metodologia de cálculo para definir o índice de reajuste anual de planos de saúde individuais e familiares. O novo Índice de Reajuste dos Planos Individuais (IRPI) se baseia na variação das despesas médicas das operadoras e na inflação oficial. Isto, segundo a ANS, reflete a "realidade" do segmento.

"Traz ainda outros benefícios, como a redução do tempo entre o período de cálculo e o período de aplicação do reajuste e a transferência da eficiência média das operadoras para os beneficiários, resultando na redução do índice de reajuste", informa a agência reguladora por meio de nota enviada à imprensa.

A nova metodologia foi aprovada pela diretoria colegiada do órgão na última terça (18) e publicada nesta quinta (20) no Diário Oficial da União (DOU). Ela passa a vigorar a partir do ano que vem, sendo que o reajuste anual só pode ser aplicado pelas operadoras a partir da data de aniversário de cada contrato.
"A metodologia é fruto de estudos efetuados pelo corpo técnico da agência ao longo dos últimos oito anos e foi discutida amplamente com o setor e a sociedade, que colaborou através de contribuições feitas em audiências públicas, reuniões e sugestões enviadas através de formulário eletrônico disponibilizado pela agência", diz a ANS.

Entenda

O novo modelo combina o Índice de Valor das Despesas Assistenciais (IVDA) com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O primeiro índice reflete a variação das despesas com atendimento aos beneficiários de planos de saúde, enquanto o segundo incide sobre custos de outra natureza, como despesas administrativas. Na fórmula, a IVDA terá peso de 80% e o IPCA, de 20%.

A fórmula do IVDA tem três componentes: a Variação das Despesas Assistenciais (VDA), a Variação da Receita por Faixa Etária (VFE) e o Fator de Ganhos de Eficiência (FGE).

O VFE deduz a parcela da receita das operadoras, que já é recomposta pelos reajustes por mudança de faixa etária. Já o FGE é um índice de eficiência apurado a partir da variação das despesas assistenciais, transferindo para os consumidores a eficiência média do setor e evitando um modelo de repasse automático da variação de custos.

(com Agência Brasil)

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