As inscrições para o novo edital do programa Mais Médicos terminam na próxima sexta, dia 7 de dezembro. Além disso, no dia 14 de dezembro também termina o prazo para os profissionais cadastrados se apresentarem para trabalhar. Após esse período, o Ministério da Saúde deve divulgar uma lista com as vagas não preenchidas e possíveis desistências.
De acordo com balanço divulgado pelo ministério, na noite da última segunda, dia 3 de dezembro, 124 vagas que eram ocupadas por médicos cubanos seguem sem nenhum inscrito interessado.
Vale lembrar que o novo edital foi aberto após o governo de Cuba encerrar sua participação no programa, diante da intenção do presidente eleito Jair Bolsonaro de mudar as regras do contrato criado em 2013 durante o governo de Dilma Rousseff.
Todas as vagas em aberto ficam na região norte, nos estados do Amazonas, Amapá e Pará e a maior parte delas em Distritos Sanitários Indígenas. Em entrevista à Rádio Nacional de Brasília (DF), Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, afirma que as prefeituras aguardam o lançamento de um segundo edital, incluindo vagas que já estavam desocupadas antes do fim do convênio com Cuba.
O novo edital tem gerado como efeito o desligamento de médicos do Saúde da Família e até de ambulatórios e Upas, que pretendem atuar pelo Mais Médicos por questões salariais, por exemplo. Segundo levantamento feito pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, considerando os primeiros quase 7,3 mil inscritos alocados, mais de 2,8 mil já atuavam no Saúde da Família, ou seja, esses postos de trabalho ficarão em aberto quando os médicos migrarem para o Mais Médicos.
Novamente, a região norte tem o pior cenário. Em Roraima, por exemplo, 36 inscritos para as 43 vagas ofertadas já atuam pelo SUS no próprio estado.
(com Rádio Nacional de Brasília)