Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, de 2016 a 2017 houve leve queda no mercado de televisão por assinatura no Brasil. No último trimestre do ano passado, 32,8% dos domicílios com TV tinham contratos com operadoras por cabo, satélite ou outra tecnologia. Esse percentual era de 33,7% no mesmo período de 2016.
Os dados foram divulgados nesta quinta, dia 20 de dezembro pelo IBGE. De acordo com o instituto, os dois principais motivos alegados para a não aquisição do serviço estão relacionados com o preço e a falta de interesse.
Em 55,3% dos domicílios com televisão, a TV por assinatura não foi contratada em 2017 por ser considerada cara. Em outros 39,8%, a razão alegada foi o desinteresse. "Em conjunto, esses dois motivos já abrangiam 95,1% dos domicílios com televisão sem esse serviço", diz o IBGE no texto enviado à imprensa. Apenas em 1,6% das casas, alegou-se que a contratação não ocorreu por falta de disponibilidade de TV por assinatura na área.
Parte do desinteresse pode estar relacionada com a preferência por serviços de streaming de vídeo, como Netflix e Prime Video. O suplemento revelou que 81,8% dos brasileiros que usaram a internet em 2017 tiveram como um dos objetivos assistir a vídeos, incluindo programas, séries e filmes. Esse percentual era de 74,6% em 2016, o que significa que houve crescimento de 7,2 pontos percentuais. A pesquisa também mostrou que cresceu o uso de televisores para o acesso à internet.
"Há mais pessoas utilizando a TV, não apenas para a programação televisiva tradicional", comenta Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, no mesmo comunicado. Ela avalia que as smart TVs, que permitem a conexão com a web, vêm ganhado cada vez mais espaço no mercado. De acordo com a pesquisa, no último trimestre de 2017, 16,3% da população brasileira com 10 anos ou mais fizeram uso da internet por meio da televisão. Em 2016, esse percentual foi de 11,3%.
(com Agência Brasil)
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