Segundo estimativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a demanda por energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve crescer 7% em fevereiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado. A expansão será de 5,3 pontos percentuais em relação ao crescimento de 1,7% relativo a fevereiro de 2018.
A informação foi dada à Agência Brasil por Luiz Eduardo Barata, diretor-geral do ONS. Para ele, no entanto, não há motivo para preocupação, porque o Carnaval deste ano cai em março – no ano passado, foi em fevereiro. "As pessoas logo pensam: 'poxa, vai crescer tanto assim a carga?' Então, aí acende o sinal amarelo. Acontece que, em fevereiro do ano passado, nós tivemos o Carnaval, que este ano será em março".
Barata explica que, no período de Carnaval, o consumo cai bastante com a redução no ritmo de algumas atividades, principalmente na indústria. "Então, o consumo de energia em fevereiro deste ano vai ser muito maior do que no ano passado, uma vez que a semana do Carnaval é de baixo consumo, por ser de baixa produção no país", completa o diretor-geral do ONS.
Temperatura
Lembrando as altas temperaturas verificadas em janeiro, que já levaram à quebra de cinco recordes de demanda de carga de energia do SIN nas últimas três semanas, Eduardo Barata diz acreditar que a situação não deverá se repetir em fevereiro. "Nossa expectativa é de que, obviamente, vai haver crescimento de consumo, mas nada exagerado em relação às demandas que tivemos em janeiro, até porque é possível que as temperaturas não fiquem tão altas em fevereiro quanto estiveram no mês passado".
Nas últimas três semanas, o país já bateu cinco recordes de demanda de energia proveniente do Sistema Interligado Nacional. O último foi batido no dia 30 de janeiro, quando a demanda máxima do SIN chegou a 90.525 MW às 15h50.
O subsistema sul também teve recorde de carga por dois dias consecutivos. No dia 29 de janeiro, foi registrado pico de 18.554 MW, às 14h28. No dia seguinte, um novo recorde: 18.883 MW, às 14h08. Anteriormente, o recorde era de 17.971 MW, no dia 6 de fevereiro de 2014. Os recordes se devem às altas temperaturas registradas no país, segundo o ONS.
(com Agência Brasil).