Estamos vivendo uma "epidemia" de fake news (notícias falsas) sobre os mais variados assuntos. Mas, o que causa mais problemas são as relacionadas à vacina contra o HPV, de acordo com o Ministério da Saúde. Para ampliar o número de adolescentes vacinados e esclarecer a importância da vacina, a pasta pretende aproveitar o início das aulas nas escolas para conscientizar jovens e responsáveis. A recomendação é que eles estejam atentos à atualização da caderneta de vacinação.
O problema das fake news não é apenas do Brasil. No início do mês, o Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer, vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou um comunicado alertando para o problema e afirmando que a vacina é segura e indispensável para eliminar o câncer de colo do útero.
O HPV é uma doença transmitida pelo papiloma vírus humano que causa tumor e verrugas genitais, atingindo meninos e meninas. A vacina só é administrada na adolescência, daí a importância da conscientização.
"O reinício do período escolar é um momento importante para que pais e filhos fiquem atentos à atualização da caderneta de vacinação. A medida evita a ocorrência de doenças entre os adolescentes", diz o ministério em comunicado enviado à impresa. A pasta esclarece ainda que os falsos rumores são um dos fatores que impedem uma maior cobertura vacinal.
Cobertura
As doses da vacina contra HPV são ofertadas pelo Ministério da Saúde, durante todo o ano, nos postos de saúde e unidades básicas de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante é voltado para meninas com idade entre 9 e 14 anos e meninos de 11 a 14. Eles devem tomar duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.
A meta do ministério é vacinar, com as duas doses, 80% dos adolescentes, tanto meninas quanto meninos.
De acordo com a pasta, entre 2014 e 2018, foram imunizadas 5,9 milhões de meninas na faixa etária de 9 a 14 anos, com a segunda dose da vacina, o que representa 49,9% do público-alvo. Em relação à primeira dose, a cobertura vacinal nas meninas é de 70,3%. Já entre os meninos, a cobertura é de 20,1% do público-alvo.
(com Agência Brasil).