Em comunicado enviado à imprensa na última terça, dia 5 de fevereiro, a mineradora Vale informa que tem planos para aumentar a produção a seco de minério de ferro até 70% em 2023, com a redução gradativa da utilização de barragens de rejeitos nas operações.
O aumento da parcela de produção a seco da mineradora foi anunciado 12 dias após o rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais.
Paralelamente ao aumento da produção a seco, a Vale afirma que planeja investir aproximadamente R$ 1,5 bilhão (cerca de US$ 390 milhões) na implementação de tecnologia de disposição de rejeito a seco (dry stacking, no original em inglês).
No comunicado, a empresa diz que a iniciativa se agrega à aquisição da New Steel – que desenvolve tecnologias inovadoras de beneficiamento de minério de ferro a seco – em dezembro do ano passado, por US$ 500 milhões.
As informações indicam que os investimentos da mineradora brasileira em gestão de barragens atingirão R$ 256 milhões (cerca de US$ 70 milhões) agora em 2019, segundo orçamento aprovado no ano passado. O volume representa crescimento de cerca de 180% em relação aos R$ 92 milhões (cerca de US$ 30 milhões) investidos em 2015.
"Os crescentes e relevantes investimentos em gestão de barragens e ações de saúde e segurança evidenciam o compromisso da Vale com a disponibilização dos recursos necessários para preservar a saúde e segurança de seus funcionários e das comunidades vizinhas", diz a empresa no comunicado.
Segundo a mineradora, os investimentos em novas barragens, todas construídas pelo método convencional, "refletem as necessidades operacionais da companhia e o cronograma de implantação de cada um dos projetos em execução".
(com Agência Brasil)