Estado de Minas SOLIDARIEDADE

Bombeiros mineiros ajudarão no resgate às vítimas do ciclone em Moçambique

Militares farão parte de equipe brasileira que viajará ao país africano


postado em 29/03/2019 12:10 / atualizado em 10/12/2019 14:24

(foto: Alexandre Rezende/Encontro)
(foto: Alexandre Rezende/Encontro)

Depois do drama do resgate às vítimas do rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, na cidade de Brumadinho (MG), 20 bombeiros mineiros se juntarão a 20 militares da equipe de busca e salvamentos da Força Nacional de Segurança Pública para ajudar nas buscas em Moçambique, no sudeste da África. A previsão é de que, até a próxima segunda, dia 1º de abril, as equipes brasileiras comecem a atuar no resgate às vítimas do ciclone que atingiu a região, deixando centenas de mortos e milhares de desabrigados em Moçambique, Malauí e Zimbabue.

A ajuda humanitária atende a um pedido feito pelo presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, ao presidente Jair Bolsonaro. Os bombeiros devem partir do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), na noite desta sexta (29), em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) que estarão carregando ainda veículos, botes e outros equipamentos fornecidos pela Força Nacional e pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
A portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizando o envio dos 20 profissionais da Força Nacional foi publicada nesta sexta (29), no Diário Oficial da União (DOU). O prazo de atuação inicial, que é de 30 dias, poderá ser prorrogado conforme as necessidades locais. Caso contrário, todo o efetivo retornará imediatamente ao Brasil.

Os bombeiros da Força Nacional atuarão prioritariamente na cidade de Beira. A capital do estado de Sofala está entre as mais populosas do país e foi uma das localidades mais afetadas pelos fortes ventos, chuvas e inundações causadas pela passagem do ciclone tropical Idai. Estima-se que, só em Moçambique, 1,8 milhão de pessoas tenham sido prejudicadas e precisem de alguma forma de ajuda.

Já os 20 bombeiros mineiros deverão permanecer em Moçambique por, inicialmente, 15 dias. De acordo com o governo estadual, eles poderão atuar também no município de Dondo, no mesmo estado de Sofala. Os militares viajarão no voo da FAB, levando três picapes, dois botes, três drones com sensores térmicos e outros instrumentos auxiliares às buscas.

Segundo o governo de Minas, além de atuar na operação de buscas em Brumadinho, os militares são especialistas em operações de salvamento e gestão de desastre, com experiência em casos de enchentes e inundações, podendo atuar nas atividades de planejamento e inteligência de busca, realizando mapeamento estratégico, georreferenciamento, busca aérea, entre outras tarefas.

Por meio do Ministério da Saúde, o governo brasileiro também vai doar medicamentos e insumos estratégicos para Moçambique. Ao todo, serão enviados kits de medicamentos e insumos, totalizando 870 kg, quantitativo suficiente para atender até três mil pessoas por um período de três meses.

(com Agência Brasil)

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