"Lula enquanto presidente, vetou o projeto de lei que incluía outras cinco vacinas no calendário da rede pública de saúde (edição do dia 10/12/2010) Vacinas contra hepatite A, meningocócica conjugada C, pneumocócica conjugada 7 valente, varicela e pneumococo", diz uma mensagem que vem circulando nas redes sociais, especialmente no Facebook e no WhatsApp, afirmando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "proibiu" a aplicação de vacinas importantes no Brasil, incluindo a que protege contra a meningite meningocócica – doença virou notícia no país após vitimar o jovem Arthur, de 7 anos, neto de Lula. Essa mensagem também costuma ser divulgada junto a uma imagem de captura de tela do portal G1 com uma notícia sobre o tema. Mas, será verdade?
Como mostra o site Boatos.org, especializado em desmentir fake news (notícias falsas) que circulam na internet, a única verdade presente nessa mensagem polêmica é o veto do ex-presidente petista ao Projeto de Lei 1.273, de 2007, de autoria do então deputado federal Alexandre Silveira (PPS-MG), que pedia a inclusão de vacinas ao calendário brasileiro de imunização, incluindo as que evitam meningites pneumocócicas e meningocócicas. Porém, Lula decidiu vetar a proposta porque três dos cinco imunizantes presentes no texto já eram oferecidos no Sistema Únido de Saúde (SUS). "O Brasil é o país que oferece gratuitamente o maior número de vacinas aos grupos populacionais alvo, estando disponíveis, atualmente, quarenta e três imunobiológicos. Tanto é assim, que das cinco vacinas descritas no projeto de lei, três já estão contempladas no calendário de vacinação. A pneumocócica conjugada sete valente já foi, inclusive, superada pela disponibilização de uma 10 valente, que confere maior proteção", afirma o então presidente na justificativa do veto.
Portanto, assim como estava exposto na matéria publicada pelo G1 em 2010, na época da divulgação do veto, o SUS possui as vacinas contra os tipos mais perigosos de meningite, incluindo a que vitimou o neto de Lula – não se sabe ao certo qual foi o tipo que afetou Arthur. Conclusão: a mensagem que circula nas rede sociais é mais uma fake news.