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Sociedade Brasileira de Pediatria dá orientações para volta às aulas

Entidade recomenda redução do tamanho das turmas e suspensão de eventos como jogos, competições e comemorações


postado em 19/05/2020 14:10 / atualizado em 19/05/2020 14:19

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a volta às aulas deve ocorrer respeitando o distanciamento social, com turmas menores, maior espaço entre alunos, recreios em horários intercalados e uso da educação remota para alternar a presença física de turmas na escola(foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a volta às aulas deve ocorrer respeitando o distanciamento social, com turmas menores, maior espaço entre alunos, recreios em horários intercalados e uso da educação remota para alternar a presença física de turmas na escola (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
A Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou nota de alerta com orientações relativas ao retorno das aulas presenciais. Preparada pelos Departamentos Científicos de Imunizações e Infectologia, a nota "Covid-19 e a Volta às Aulas" destaca um conjunto de premissas a serem observadas nesse retorno.

O texto sugere que a volta seja feita respeitando o distanciamento social, com turmas menores, maior espaço entre alunos, recreios em horários intercalados e uso da educação remota para alternar a presença física de turmas na escola. Reforça, ainda, a importância de disponibilização de estrutura para uma higiene adequada (álcool em gel nas salas e corredores, sabão e água nos banheiros, etc) e incentivo a esses hábitos, bem como ao uso de máscaras - a serem trocadas no máximo a cada quatro horas.

A orientação é para que alunos de grupos de risco tenham educação à distância enquanto não houver vacina ou tratamento específico, e que ao menor sinal de gripe, resfriado ou Covid-19 dos filhos, pais não devem mandá-los para a escola.

Para os alunos que frequentarem as aulas fisicamente, ainda não é o momento para algumas das atividades mais comuns (e esperadas) nas escolas, como eventos, comemorações, competições e jogos.

O documento ressalta, ainda, os impactos psicológicos da pandemia nas crianças e o papel da escola em dar suporte nesse processo: " É importante que a escola tenha um espaço para que a criança possa falar sobre seus sentimentos, medos e dúvidas. Nos casos em que se identifique um quadro mais exacerbado a criança deve ser encaminhada para um acompanhamento especializado ", diz a nota.

Confira os princípios fundamentais a serem observados pelas escolas, de acordo com a SBP:

  • Pais e professores devem procurar manter-se informados sobre a COVID-19 (modo de transmissão, sintomas da doença, medidas de prevenção) por meio de fontes confiáveis, evitando as fake news

  • Crianças e profissionais da educação, se doentes, não devem frequentar a escola

  • A escola deve oferecer diversos locais para lavagem de mãos, água e sabão, álcool em gel e higienizar frequentemente os recintos e superfícies

  • A escola deve propiciar ambientes arejados, com aberturas de janelas. Atividades ao ar livre devem ser estimuladas

  • Cabe à escola evitar aglomerações, na entrada, saída de alunos ou intervalos, criando horários alternativos para as turmas

  • Jogos, competições, festas, reuniões, comemorações e atividades que envolvam coletividade devem ser temporariamente suspensos

  • O ensino à distância, sempre que possível, deve ser estimulado

O documento na íntegra pode ser lido no site da Sociedade Brasileira de Pediatria

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