Estado de Minas MEIO-AMBIENTE

PBH começa a produzir joaninhas para controlar pragas urbanas

Os famosos insetos são ótimos predadores


postado em 26/11/2018 17:40 / atualizado em 26/11/2018 17:42

A PBH começou a produzir joaninhas para usá-las no combate a pragas urbanas da capital mineira(foto: Flickr/PBH/Amira Hissa/Reprodução)
A PBH começou a produzir joaninhas para usá-las no combate a pragas urbanas da capital mineira (foto: Flickr/PBH/Amira Hissa/Reprodução)

Nem todos sabem, mas as famosas joaninhas (Coccinellidae), que pertencem à ordem dos besouros, são insetos que podem combater, de forma natural, populações de pragas em hortas e árvores. Justamente essa possibilidade foi pensada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que criou uma biofábrica de joaninhas na capital mineira. O local, que começou a produzir os insetos em outubro, está instalado na Casa Amarela, no Parque das Mangabeiras, região centro-sul de BH.

O projeto foi desenvolvido pela secretaria municipal de Meio-Ambiente e, segundo a PBH, tem como objetivo a produção em massa desses besourinhos. Dany Silvio Amaral, gerente de ações para sustentabilidade da secretaria, esclarece que os insetos estão sendo criados em laboratório, com dieta e temperatura controladas. "A biofábrica conta com três servidores da secretaria de Meio-Ambiente e, atualmente, a criação está em processo de consolidação, com o aumento da população. Espera-se que em um futuro próximo possam ser iniciadas as libertações e doações de kits com joaninhas e crisopídeos [inseto alado]", diz o gerente.

Em texto enviado à imprensa, a PBH conta que as primeiras joaninhas foram coletadas no Centro de Vivência Agroecológica do bairro Capitão Eduardo e levadas para a central de reprodução. "Ainda estamos fazendo capturas de joaninhas adultas pela cidade e levando para a biofábrica. A maioria tem sido capturada no Centro de Vivência Agroecológica. Lá tem uma estrutura muito boa de hortas e muitos insetos", diz Dany Amaral, que é o idealizador do projeto. Já os crisopídeos foram obtidos por doação de ovos de uma criação do Laboratório de Entomologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), da cidade de Viçosa. Os insetos são alimentados e colocados para acasalar e os ovos e larvas são cuidados para completar seu ciclo até atingir a fase adulta.

França

Conforme Mário Werneck, secretário municipal de Meio-Ambiente, uma das estratégias de sustentabilidade da cidade é a recuperação de serviços do ecossistema nos ambientes urbanos, gerando produção de alimentos, matérias-primas, renovação de recursos hídricos, beleza cênica, redução de poluição, entre outros.

"Estamos nos espelhando na experiência implantada em Paris, onde a iniciativa gerou excelente resultado. Lá, eles distribuíram as larvas de joaninha para acabar com os pulgões e outros insetos que danificam jardins públicos. Paris é uma cidade que não usa pesticida nos logradouros públicos há anos. É uma referência de políticas ambientais de sucesso", comenta Werneck.

(com assessoria de comunicação da PBH)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação