O Verão não é sinônimo apenas de dias quentes e chuvosos. A estação também é o momento para se tomar as medidas de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti, causador das arboviroses dengue, zika, chikungunya e do ciclo urbano da febre amarela. Ainda que as ações devam ser mantidas durante todo o ano, a secretaria de estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lembra que o aumento das temperaturas, somado às chuvas características do Verão, propicia a proliferação do temido inseto. Por isso, nesse período, o ideal é eliminar recipientes que podem servir para acúmulo de água, contribuindo para a prevenção e controle das arboviroses.
Paula Figueiredo, referência técnica do Programa Estadual de Controle das Doenças Transmitidas pelo Aedes, em conversa com a Agência Minas, lembra que ainda que o período seja propício para a proliferação do mosquito, algumas atitudes simples e diárias podem evitar problemas futuros. "A participação da população é fundamental nas ações de controle do Aedes aegypti, e a melhor maneira de se prevenir das doenças é eliminar os focos que acumulam água, considerados possíveis criadouros do mosquito. São exemplos de ações importantes: manter caixas d'água vedadas, guardar pneus e garrafas em locais cobertos, manter ralos limpos e vedados e descartar adequadamente o lixo", comenta a especialista.
Entre as medidas de prevenção e controle do mosquito também está o cuidado com as calhas, evitando que folhas e sujeiras se acumulem. Os pratinhos de plantas precisam ser eliminados, além do cuidado especial com bebedouros de animais, que devem ser limpos diariamente. Também é recomendável limpar piscinas e fontes de água, bandejas de geladeira e ar condicionado.
Segundo a SES-MG, o ciclo de reprodução do Aedes pode variar de cinco a 10 dias, passando pela fase larvária até chegar à forma adulta.
"Dessa maneira, quando o armazenamento de água for necessário, ele precisa ocorrer de forma adequada e segura, evitando que os recipientes se tornem criadouros do Aedes. Lembrando que cerca de 80% dos focos do vetor estão dentro das residências", afirma a secretaria, citada pela Agência Minas.
Cenário epidemiológico
Em 2018, até o dia 7 de janeiro, Minas Gerais registrou 29.875 casos prováveis (casos confirmados e suspeitos) de dengue e oito óbitos, conforme a SES-MG. Já em relação à chikungunya, Minas Gerais registrou 11.772 casos prováveis da doença em no ano passado, concentrados na região do Vale do Aço.
Até o momento, foi confirmada uma morte por chikungunya no município de Coronel Fabriciano, em 2018. Por fim, em relação à zika, foram registrados 184 casos prováveis da doença no último ano, até a data de atualização do boletim epidemiológico.
(com Agência Minas).