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Cães de rua ganham camas feitas de pneus reciclados

Isso faz parte de um projeto da penitenciária Nelson Hungria


postado em 04/02/2019 09:00 / atualizado em 04/02/2019 09:21

(foto: Seap/Divulgação)
(foto: Seap/Divulgação)

Além de poluir o ambiente, o descarte de irregular pneus velhos também é uma ameaça à saúde, devido à proliferação de mosquitos, como o Aedes aegypti, causador da dengue, da zika e da chikungunya. Mas, esse entulho comum em Belo Horizonte (MG) passou a ter uma destinação solidária: os pneus se transformam em camas coloridas para cães em situação de rua, abandonados nas proximidades da Cidade Administrativa, na capital mineira.

A iniciativa é uma parceria entre a secretaria de estado de Administração Prisional (Seap) e o Grupo de Proteção Animal (GPA), que atua de forma voluntária no resgate de cães em situação e rua, por meio do projeto Amicão.

As camas estão sendo fabricadas dentro do complexo penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG), com pneus inutilizados entregues para o GPA. Até agora, 13 cães foram beneficiados com o projeto. As camas, coloridas e decoradas de forma criativa, são preparadas uma a uma pelos presos que cumprem pena em uma das unidades prisionais mais importantes do estado.

Segundo o projeto, a ideia é que mais pneus sejam adquiridos por meio de doação a fim de serem transformados em peças que levam conforto aos animais resgatados.

A ideia da destinação sustentável dos pneus surgiu quando representantes da subsecretaria de Humanização do Atendimento da Seap perceberam que poderiam contribuir com o trabalho do grupo voluntário, já que existe na Nelson Hungria projetos similares de fabricação de móveis e brinquedos de madeira, cuja produção é 100% doada para hospitais, creches e abrigos. O Hospital da Baleia é uma das instituições atendidas.

Segundo Felipe Oliveira Simões, diretor de trabalho e produção da Suhua, o projeto é uma engrenagem de um grande sistema de ações sociais. "O trabalho do preso é pautado em quatro grandes eixos: economicidade, apoio a municípios, geração de receita e ações sociais. Dentro deste último eixo se destaca a ajuda a um ser vivo, seja qual for ele, é sempre algo nobre", diz Simões, em entrevista à Agência Minas.

Com o objetivo de ajudar os diversos animais perdidos e abandonados na região da Cidade Administrativa, o Grupo de Proteção Animal é uma organização não governamental que há três anos realiza a atividade de resgate, de forma totalmente autônoma. Os cães que hoje possuem uma cama para dormir estão alojados em lares temporários para recuperação e tratamento de doenças adquiridas nas ruas até que consigam novos lares por meio de adoção.

(com Agência Minas)

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