Uma pesquisa inovadora nos Estados Unidos pode representar a esperança para pessoas que perderam os movimentos das pernas em virtude de acidentes ou doenças que afetaram a coluna vertebral. Por meio de um dispositivo que estimula eletricamente os nervos da medula espinhal e de fisioterapia intensiva, três parapléglicos conseguiram voltar a caminhar, com pouca ajuda de terceiros. A informação foi divulgada pela emissora britânica BBC.
Pesquisadores da clínica Mayo, em Rochester, no estado de Minnesota, Estados Unidos, liderados por Kristin Zhao e Kendall Lee, usaram a eletroestimulação, ou seja, impulsos artificiais nos músculos, para forçar contrações musculares voluntárias. De acordo com a BBC, o estudo, que durou 43 semanas e foi publicado na revista científica Nature Medicine, conseguiu fazer com que os pacientes voluntários não só conseguissem ficar de pé, como também mantiveram o corpo nessa posição.
O implante que gera os impulsos não é uma cura para os danos que levaram à paralisia, alertam os americanos. O dispositivo é capaz de ativar os nervos que ficam abaixo da área afetada da medula espinhal e enviar sinais para o cérebro, que mexe os músculos voluntariamente, controlando os movimentos. Quando o dispositivo é desligado, informa a BBC, os movimentos conscientes não permanecem.
Os cientistas americanos lembra que a pesquisa ainda está na fase inicial e que apesar de ter sido bem sucedida, ainda há questões a serem resolvidas: não se sabe, ainda, como é que a eletroestimulação permite que o cérebro retome o controle do movimento voluntário das pernas; e é necessário definir qual será o público alvo da nova tecnologia. Ainda assim, "o estudo dá esperança às pessoas que têm paralisia", afirma Kendall Lee à emissora britânica.
Abaixo, o vídeo, em inglês, de divulgação do estudo inovador: