Na recente entrevista em formato de podcast concedida ao humorista americano Joe Rogan, o visionário e bilionário sul-africano Elon Musk, de 47 anos, anunciou que, em breve, deve lançar um novo produto da Neuralink, criada por ele em 2016, que pretende "digitalizar" qualquer pessoa.
"Acho que teremos algo interessante para anunciar daqui a alguns meses. Na melhor das hipóteses, nós efetivamente nos fundiremos com a IA [Inteligência Artificial]", comenta o fundador da Tesla, montadora de veículos elétricos, e da SpaceX, de exploração espacial.
Musk diz a Joe Rogan que sua nova tecnologia será capaz de combinar seres humanos com computadores, nuam relação "simbiótica". Ele argumenta que, como já estamos praticamente conectados aos nossos telefones, já somos "ciborgues". Ele lembra que não somos tão inteligentes quanto poderíamos ser, porque a ligação entre as informações que obtemos dos smartphones e nossos cérebros não é tão rápida quanto poderia ser.
"Isso permitirá que qualquer pessoa que queira ter cognição sobre-humana esteja apta a fazê-lo", afirma o empresário sul-africano. Além disso, ele explica que a fusão com a IA fará com que qualquer um responda às perguntas praticamente instantaneamente. "Você pode se lembrar sem falhas. Seu telefone pode lembrar de vídeos e fotos perfeitamente. Seu telefone já é uma extensão. Você já é um 'ciborgue'. A maioria das pessoas não percebe que é um 'ciborgue'. Só que a taxa de troca de dados é lenta, muito lenta. É como um pequeno fluxo de informação entre o seu eu biológico e o seu eu digital. Nós precisamos fazer com que esse pequeno cano se torne um rio gigante, uma interface enorme e de banda larga", esclarece Elon Musk no podcast divulgado no início de setembro.
Outro ponto curioso e polêmico citado pelo empresário é a possibilidade de vida eterna, ao menos no ambiente virtual. "Se seu eu biológico morrer, você pode fazer o upload para uma nova unidade. Literalmente", diz o sul-africano, que, recentemente, já deixou claro que, no futuro, a humanidade terá de enfrentar uma possível "revolta" da Inteligência Artificial.
Mas, quando colocarmos nosso cérebro nas máquinas, passaremos a ter mais chance num possível confronto contra a IA. "O cenário de fusão com a AI é o que parece ser o melhor. Se você não pode vencê-lo, junte-se a ele", afirma Elon Musk.