Estado de Minas ASTRONOMIA

Nasa volta a alertar para o lixo espacial

Existem 2,2 mil satélites inativos vagando em torno da Terra


postado em 28/09/2018 15:42 / atualizado em 28/09/2018 16:19

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Em nota enviada à imprensa, a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) alerta que dos cerca de quatro mil satélites que orbitam a atmosfera da Terra, apenas 1,8 mil estão operacionais, e o restante acabou se transformando em "lixo perigoso" que estão formando "constelações" de tecnologia desativada.

Apesar desse problema, cada vez mais empresas estão interessadas em colocar satélites em órbita, sobretudo para satisfazer as demandas na área de telecomunicações. Só a SpaceX, empresa de exploração espacial criada pelo bilionário sul-africano Elon Musk, já enviou pedidos de autorização para a Federal Communications Commission (FCC ou Comissão federal de Comunicação), dos Estados Unidos, para lançar cerca de 12 mil satélites. Por sua vez, a empresa de comunicações OneWeb, fundada pelo engenheiro americano Greg Wyler, obteve recentemente autorização da FCC para enviar 720 dispositivos ao espaço e já solicitou licença para lançar outros 1.260.

A Nasa afirma que as demandas de lançamentos de satélites devem quadruplicar, aumentando o risco catastrófico de colisões com o lixo espacial que orbita nosso planeta. Para evitar danos, cientistas da agência espacial americana explicam que se quase todos os satélites (99%) deverão ser retirados de órbita após completarem suas missões, ao invés de serem deixados na baixa atmosfera.

Por sua vez, desde 2012, a Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em inglês), por meio do projeto Espaço Limpo, vem trabalhando para manter o espaço como um ambiente seguro, limpo e acessível às gerações futuras, reduzindo o impacto ambiental das atividades humanas.

Até agora, as colisões são consideradas raras, mas já aconteceram, como em 2009, quando um satélite russo colidiu com um dispositivo americano de comunicação, originando milhares de fragmentos. O medo dos cientistas é que os estilhaços resultantes de uma colisão podem acabar desencadeando uam série de choques em cadeia, danificando satélites operacionais.

Para entender o problema, vale a pena assistir ao vídeo produzido em 2015 pelo pesquisador Stuart Grey, professor da Universidade College de Londres, na Inglaterra, que mostra uma simulação do lixo espacial em torno da Terra:

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação