Já é sabido que o vírus da zika causa um sério problemas de saúde em seres humanos. Agora, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, descobriram que até mesmo o vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti, acaba sendo afetado pelo micro-organismo.
Em um estudo publicado na terça, dia 3 de outubro, no periódico científico Memórias, da própria Fiocruz, os pesquisadores brasileiros afirmam que o famigerado mosquito, quando está infectado com a zika (ele transmite também dengue e chikungunya), tem sua agilidade de voo prejudicada. Neste caso, o vírus faz com que o inseto voe mais lentamente.
Segundo a Fiocruz, a alteração decorrente da ação do micro-organismo pode explicar porque foram registrados casos expressivos de contaminação por zika em pessoas que moram na mesma casa, como ocorreu no Rio de Janeiro, em 2015, durante um surto da doença. Ou seja, o Aedes aegypti, mais lento devido ao vírus, não consegue alcançar grandes distâncias quando sai do criadouro e passa a picar pessoas que estão próximas ao local onde as larvas se desenvolveram.
Ainda assim, a pesquisa brasilera alerta que, mesmo com a habilidade de voo reduzida, o mosquito não tem afetada sua capacidade de reprodução e permanece capaz de carregar e transmitir as arboviroses..