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Baleia azul não é mais o maior ser vivo da Terra

O mamífero aquático perdeu o posto para um fungo

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Cientistas descobriram que um fungo da espécie Armillaria gallica é o maior ser vivo da Terra, superando a baleia azul - Foto: Michael Kuo/MushroomExpert.Com/Reprodução

As baleias azuis, as gigantes dos mares, sempre chamaram a atenção por serem consideradas os maiores animais da Terra, chegando a superar os dinossauros que habitaram o planeta há milhões de anos. Mas, agora, cientistas descobriram que o maior ser vivo não está no oceano, e sim, "debaixo dos nossos pés".

Segundo matéria publicada pelo site do Instituto Smithsonian, dos Estados Unidos, o "recorde" pertence a um fungo que ocupa uma área de nada menos que 37 hectares, ou 370 mil m².

Há cerca de 25 anos, pesquisadores descobriram que o fungo Armillaria gallica no estado de Michigan, nos Estados Unidos, ocupava toda essa área e pesava cerca de 110 toneladas (a baleia azul pesa, em média, 140 toneladas). Além disso, a idade desse ser vivo, na época, foi calculada em incríveis 1,5 mil anos.

Ao atualizar os dados, o biólogo James Anderson, da Universidade de Toronto, do Canadá, voltou ao local para coletar 245 amostras do fungo. Após as devidas análises, ele chegou à conclusão de que se trata realmente de um único organismo vivo.

Ao Smithsonian, o cientista americano Matthew Taub afirma que os novos testes feito no fungo comprovam que ele é muito maior e mais velho do que se imaginava.

A análise de DNA mostra uma taxa de mutação muito lenta, o que significa que o fungo evolui rapidamente. O novo estudo levou à revisão da sua idade, descobrindo que ele tem 2,5 mil anos. Além disso, ele é quatro vezes mais pesado do que anteriormente estimado, ou seja, pesa cerca de 440 toneladas.

Grande parte do fungo – os micélios ou ramificações – se encontra no subsolo, explicando, assim, sua grandiosidade. Fungos utilizam micélios para se alimentar, espalhando as ramificações por grandes áreas em busca de madeira para consumo.

Ainda assim, é difícil imaginar o tamanho e a distribuição desses fungos no subsolo. "Eu gostaria que o substrato fosse transparente por cinco minutos para eu poder ver onde ele está e o que está fazendo", comenta James Anderson ao site do instituto.

(com Agência Sputnik).