Um relatório divulgado pelo Programa Nacional de Toxicologia, vinculado ao Departamento de Saúde e Serviços Sociais dos Estados Unidos, na última quinta, dia 1º de novembro, mostra que há "evidências claras" de que cobaias expostas a altos níveis de radiação de radiofrequência, a mesma usada por telefones celulares, desenvolveram câncer cardíacos.
Os resultados não podem ser comparados diretamente à exposição que os seres humanos experimentam ao usar o dispositivo móvel, em parte porque os níveis de exposição foram maiores para os roedores estudados, comenta o pesquisador John Bucher, um dos responsáveis pelo estudo, em comunicado enviado à imprensa.
Vale lembrar que as ondas de radiofrequência emitidas pelos celulares são consideradas não-ionizantes (incapazes de arrancar elétrons dos átomos) de baixa frequência, sendo mais "fortes" que as liberadas por aparelhos de TV e mais fracas que as do micro-ondas.
Na pesquisa, ratos machos foram expostos a níveis considerados altos de radiação, como os dos serviços de 2G (GSM) e 3G – tecnologias que ainda não foram completamente substituídas, ainda que as operadoras já possuem grande abrangência do 4G.
Os americanos não investigaram as ondas das redes Wi-Fi e do 5G, que deve chegar ao mercado em breve. Mudanças feitas no relatório preliminar do Programa Nacional de Toxicologia dos EUA, em fevereiro deste ano, em relação aos tumores causados nos corações das cobaias, trocou a afirmação de que eram "algumas evidências" para "evidências claras", afirma John Bucher.