Uma equipe internacional de astrônomos se surpreendeu ao observar uma estranha explosão estelar que acabou gerando uma supernova há 170 milhões de anos. A informação consta de um estudo publicado no jornal científico Astrophysical Journal Letters no dia 27 de novembro.
A supernova intitulada Ia teve origem quando houve a explosão de uma anã branca, que "roubou" matéria mais do que necessária de uma estrela próxima e se tornou desequilibrada, informa o artigo científico.
Esses corpos celestes geralmente aumentam o brilho gradualmente nas três semanas anteriores ao desaparecimento, mas no caso da SN 2018oh (também conhecida como ASASSN-18bt), de acordo com observações de fevereiro, o processo se tornou completo em apenas alguns dias.
Astrônomos da Universidade Nacional da Austrália, chefiados por Brad Tucker, detectaram a emissão de luz adicional dois dias depois da explosão da SN 2018oh. O excesso de brilho pode ser explicado pela interação entre a substância que foi expulsa pela anã branca e uma estrela próxima.
No entanto, cientistas não encontraram nenhum vestígio de estrelas grandes na região da SN 2018oh, fazendo com que acreditassem na possibilidade do surgimento da supernova pela fusão com outra anã branca. Existem também outras teorias, como a distribuição incomum de material radioativo na estrela que explodiu.
A explosão foi registrada no dia 4 de fevereiro pelo observatório ASAS-SN, pelo telescópio espacial Kepler e por outros. A luz foi detectada pelos aparelhos cerca de 170 milhões de anos depois da produção da explosão.
No estudo recém publicado, cientistas caracterizaram a descoberta como uma observação sem precedentes do início da morte de uma estrela e creem que o achado possa ser útil na hora de definir a taxa de explosão do Universo.
(com Agência Brasil)