De acordo com uma pesquisa publicada na revista Nature Genetics, em que foram analisados os genomas de 125.478 pessoas dos Estados Unidos, Canadá, Holanda, Áustria, Espanha, República Tcheca, Alemanha, Reino Unido e Suécia, foram identificadas 40 novas variantes genéticas envolvidas na predisposição ao câncer colorretal.
Segundo os autores, a descoberta deve ajudar a aprofundar o conhecimento sobre os tumores e a criar formas de prevenção. Certas alterações no DNA da linhagem germinativa – que consta em todas as nossas células ao nascer – podem indicar a predisposição ao cancro, daí a importância de detectá-las.
Essas 40 variantes se somam às já identificadas em estudos anteriores, o que aumenta para 100 o número de genes conhecidos que têm relação com o aparecimento do câncer colorretal.
Vale dizer que esse tumor é o terceiro mais recorrente no mundo, chegando a 10,2% dos casos, segundo dados da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.
O estudo recente foi coordenado pela Associação de Computação Genética e Evolutiva (Genetic and Evolutionary Computation Conference ou Gecco), dos Estados Unidos.
De acordo com o pesquisador Sergi Castellví-Bel, citado pela agência espanhola de notícias EFE, com essas variantes genéticas seria possível calcular o risco individual associado a esse cancro e fazer ações preventivas para quem tiver um nível mais alto. Ainda conforme o cientista, o estudo permite ampliar o conhecimento dos processos biológicos envolvidos no surgimento do câncer, o que pode propiciar o desenvolvimento de medicamentos voltados à prevenção.
(com Agência EFE e Agência Brasil)