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Magreza e sobrepeso estão ligados ao DNA

Estudo encontra relação entre genética e excesso de peso


postado em 25/01/2019 11:50 / atualizado em 25/01/2019 12:13

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Publicado na revista científica PLOS Genetics na última quinta, dia 24 de janeiro, um estudo realizado na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, aponta que pessoas magras conseguem manter o peso devido a vantagens genéticas.

Em parceria com o Instituto Wellcome Trust Sanger, também do Reino Unido, cientistas avaliaram o DNA de 14 mil pessoas, sendo 1.622 consideradas magras (com Índice de Massa Corporal, ou IMC, abaixo de 18), 1.985 com obesidade mórbida e 10.433 com o peso normal.

Além dos dados de laboratório, também foram analisados questionários sobre o estilo de vida dos voluntários, para que fossem descartados casos de distúrbios alimentares. Com o cruzamento das informações, os cientistas britânicos concluíram que as pessoas obesas tinham maior probabilidade de serem portadoras de um conjunto de genes ligados ao excesso de peso. Já as magras não só detinham menos genes ligados à obesidade como registavam alterações nas regiões genéticas associadas à magreza saudável.

"Como era esperado, descobrimos que as pessoas obesas tinham uma pontuação de risco genético maior do que as com peso normal, o que contribui para o risco de excesso de peso. Os dados genéticos são 'usados' contra eles", comenta a pesquisadora Inês Barroso, do Instituto Wellcome Trust Sanger, citada pelo site americano Science Daily, especializado em notícias científicas.

É importante ressaltar que a equipe também mostrou que pessoas magras tinham uma pontuação de risco genético bem menor – possuíam menos variantes genéticas que estão associadas ai aumento das chances de ficarem acima do peso.

"A pesquisa mostra pela primeira vez que pessoas magras e saudáveis %u200B%u200Bsão geralmente magras porque têm uma menor carga de genes que aumentam as chances ficarem acima do peso e não porque são moralmente superiores, como algumas pessoas gostam de sugerir", diz o pesquisador Sadaf Farooqi, do Instituto de Ciência Metabólica, da Universidade de Cambridge, também citado pelo site americano. "É fácil apressar o julgamento e criticar as pessoas devido ao peso, mas a Ciência mostra que as coisas são muito mais complexas. Temos menos controle sobre o nosso peso do que poderíamos imaginar", completa o cientista.

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