Um estudo israelese publicado no dia 17 de dezembro de 2018 no periódico científico Frontiers in Neurology apresenta um novo medicamento que pode ser capaz de tratar e até curar um câncer cerebral.
Pesquisadores do Centro Médico Chaim Sheba, de Tel Aviv, em Israel, criaram uma formulação capaz de combater o glioblastoma. Isso foi comprovado em estudo feito com animais de laboratório.
Esse tipo de tumor maligno do cérebro é considerado o mais mortal e possui tratamento difícil. O glioblastoma está ligado à disfunção da trombina, fator de coagulação do sangue, e do gene PAR1, responsável pela enzima protease, que decompõe proteínas e peptídeos. Os sintomas iniciais da doença são inespecíficos e podem incluir cefaleia, alterações de personalidade, náuseas e outros parecidos com os do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ela costuma ter uam evolução rápida, podendo levar à inconsciência.
O "remédio" desenvolvido pelos israelenses é chamado de Sixac e composto por seis aminoácidos que inibem a ativação do PAR1.
Por enquanto, o medicamento só foi testado em cobaias. Segundo os cientistas, ele se mostrou efetivo, desacelerando a progressão da doença e reduzindo a capacidade do tumor de penetrar no tecido cerebral.
Conforme o artigo recém publicado, o Sixac prolongou a vida de 10% dos animais que tinham o tumor maligno no cérebro, chegando a curar a doença.
Vale lembrar que o glioblastoma também pode afetar a coluna vertebral, mas o foco da pesquisa do Centro Médico Chaim Sheba foi o tumor cerebral.
Agora, os pesquisadores israelenses esperam iniciar a fase de testes em humanos.
No futuro, o Sixac poderá ser implementado como um tratamento complementar à quimioterapia, com o objetivo de prolongar e dar mais qualidade de vida aos pacientes que sofressem com o glioblastoma.