Os astronautas que fizerem a missão de cerca de 600 dias (ida e volta) até o planeta Marte devem "perder" dois anos e meio de vida, cada um, por causa do impacto da radiação durante o trajeto. A informação faz parte de um relatório apresentado na Conferência de Medicina Aeroespacial e Ecológica, realizada em Moscou, na Rússia, no ano passado.
"Foram realizados cálculos de riscos sumários de radiação durante toda a vida de cosmonautas depois de voos prolongados, a Marte no período de atividade solar máxima em abrigos de alumínio com diferentes espessuras para proteção contra radiação", informa o documento, citado pela agência russa de notícias Sputnik.
Com um simples aparelho espacial arredondado, um manequim do tamanho de um adulto a bordo, com a ajuda de um motor a jato e um sistema de propulsão nuclear, cientistas avaliaram os riscos existentes durante a viagem do aparelho até a órbita de Marte.
Segundo os pesquisadores russos, uma missão de dois anos (ida e volta) a Marte aumenta em 7,5% o risco dos efeitos da radiação durante a vida dos cosmonautas, independentemente da idade, até mesmo se estiverem abrigados em cápsulas contra a radiação de 20 gr/cm², fazendo com que a expectativa de vida dos tripulantes diminua em média 2,5 anos.
(com Agência Sputnik)