Cientistas americanos divulgaram na última segunda, dia 4 de fevereiro, uma atualização do Modelo Magnético Mundial, com a nova localização do polo norte magnético da Terra. Segundo eles, o magnetismo terrestre está se deslocando de forma tão rápida nas últimas décadas que sua localização estimada não era mais exata o suficiente para a navegação – como a usada pela bússola. A informação foi divulgada pela emissora alemã Deutsche Welle.
Os polos norte e sul magnéticos se deslocam e não coincidem com os polos norte e sul geográficos. Na longa história do planeta, o polo norte magnético nem sempre coincidiu com o norte geográfico e já esteve até mesmo no sul. A inversão magnética já foi registrada várias vezes.
Atualmente, o polo norte magnético se desloca cerca de 55 km por ano. Em 2017, ele atravessou a Linha Internacional de Data, uma linha imaginária na superfície terrestre que marca a mudança de um dia para o outro. No momento, está deixando o Ártico canadense rumo à Sibéria, na Rússia.
A alteração afeta todos os aparelhos com bússolas, bem como a navegação e a aviação, principalmente na região do Ártico. A geolocalização via GPS não é afetada pelo magnetismo terrestre por ser baseado nos satélites.
Autoridades americanas e britânicas costumam atualizar a localização do polo norte magnético a cada cinco anos, normalmente no mês de dezembro.
Desde 1831, quando foi medido pela primeira vez no Ártico canadense, o polo norte magnético se deslocou cerca de 2,3 mil km rumo à Sibéria. Desde o ano 2000, a velocidade passou de 15 km para 55 km por ano.
A explicação para esse aumento da velocidade de deslocamento do polo norte magnético, segundo a Deutsche Welle, são as turbulências no núcleo externo da Terra, que é líquido e formado por ferro e níquel. Ele envolve o núcleo interno, que é sólido. O externo é a região que forma o campo magnético terrestre.
Vale dizer que os dois polos magnéticos oscilam de forma independente um do outro e não estão em posições diametralmente opostas na Terra. O polo sul magnético também se desloca, mas de forma bem mais lenta do que o norte. Cientistas afirmam que, com certeza, as polaridades serão invertidas de novo num futuro ainda incerto.
Isso já aconteceu inúmeras vezes, mas não nos últimos 780 mil anos. A inversão não ocorre de uma hora para a outra, mas pode durar cerca de mil anos.
(com Deutsche Welle).