Uma missão arqueológica coordenada pela UFMG descobriu uma nova câmara de sepultamento na Tumba Tebana 123, na necrópole de Luxor, no Egito. A sala, que foi datado de um período mais recente, é anexa à câmara funerária principal, que tem cerca de 12 m², com altura estimada de cinco metros.
Esta é a primeira vez que uma universidade brasileira conduz uma arqueológica no Egito. Os trabalhos foram coordenados pelo professor José Roberto Pellini, do departamento de Antropologia e Arqueologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich). A equipe contou também com pesquisadores argentinos e egípcios, além de outros brasileiros.
De acordo com matéria divulgada pela TV UFMG, nesta etapa da missão, que ocorreu entre janeiro e fevereiro deste ano, o objetivo era escavar a sala anexa. A descoberta da nova tumba abriu novas possibilidades de estudo para o grupo, que deve retornar ao local em 2020.
A Tumba Tebana 123 é de Amenenhet, sacerdote que ocupava diversos cargos, entre os quais o de contador de pães, que eram distribuídos como parte dos salários no Egito Antigo. O nobre serviu ao faraó Thutmosis III, da 18ª Dinastia, por volta do ano 1.800 a. C. Em formato de T, a tumba tem 25 m de frente e um corredor principal de 50 m. Segundo José Roberto Pellini, trata-se de uma tumba clássica da 18ª Dinastia, que tem a estátua do morto no final do corredor e salas que reúnem seus bens.
(com TV UFMG)