Nesta quarta, dia 10 de abril, os apaixonados pela Ciência ganharam de "presente" a primeira fotografia de um buraco negro já feita em todo a história. A imagem ainda corrobora com a teoria da Relatividade Geral formulada pelo renomado físico alemão Albert Einstein em 1905. A informação foi divulgada pelo site português Observador.
O corpo celeste se encontra no centro da galáxia Messier 87, a 55 milhões de anos-luz da Terra e pode ser visto nas proximidades da constelação de Virgem. Sua massa equivale a 6,5 bilhões de sóis e é muito maior do que o que existe no centro da Via Láctea.
A incrível foto do buraco negro foi possível graças ao projeto Event Horizon Telescope (Telescópio de Horizonte de Eventos), que corresponde a uma rede mundial de radiotelescópios combinados com dados obtidos por estações de interferometria de linha de longa linha de base espalhadas pela Terra.
O objeto celeste recém diulgado possui um diâmetro de 100 bilhões de km e o anel que pode ser visto à sua volta segue as mesmas dimensões dele.
Dentro do buraco negro, como mostra o Observador, as leis da Física são deixadas de lado em decorrência do chamado ponto de singularidade. No entorno dele existe o horizonte de eventos cuja gravidade é tão forte que nada, nem mesmo a luz, consegue escapar à sua força de atração. Justamente o brilho causado pelas partículas sendo "engolidas" nessa região é que permite o registro astronômico do fenômeno.
Para chegar a essa impressionante image, o grupo internacional de cientistas vem trabalhando há 13 anos com ajuda da União Europeia. A intenção deles, conforme o portal português, é fotografar o buraco negro Saggitarius A, que fica no centro da Via Láctea, e o da galáxia Messier 87. O primeiro está a 25 mil anos-luz da Terra e massa equivalente a quatro milhões de sóis. Porém, conseguiram registrar primeiro o objeto muito mais distante.