Estado de Minas CIÊNCIA

Remédio para a próstata pode ajudar no combate ao Mal de Parkinson

A descoberta foi feita por um grupo internacional de pesquisadores e publicada num respeitado jornal científico


postado em 23/09/2019 14:48 / atualizado em 23/09/2019 15:13

Os resultados das análises mostraram aos cientistas que a terazosina, em alguns casos, foi capaz de evitar a morte de células cerebrais - um dos fatores que desencadeia o Mal de Parkinson(foto: Pixabay)
Os resultados das análises mostraram aos cientistas que a terazosina, em alguns casos, foi capaz de evitar a morte de células cerebrais - um dos fatores que desencadeia o Mal de Parkinson (foto: Pixabay)
A terazosina, uma substância utilizada para tratar um problema na próstata pode ser uma aliada no combate ao Mal de Parkinson. A descoberta é de um grupo de cientistas de vários países que publicaram o estudo conjunto no Jornal de Investigação Clínica (Journal of Clinical Investigation), um dos mais respeitados periódicos científicos do mundo.

De acordo com o site da emissora estatal britânica BBC, esses pesquisadores analisaram 2.880 pacientes com hiperplasia prostática benigna (HPB) e Parkinson. Os resultados das análises mostraram aos cientistas que a terazosina, em alguns casos, foi capaz de evitar a morte de células cerebrais - um dos fatores que desencadeia o Mal de Parkinson. Isso, segundo o grupo de cientistas que realizou o estudo, pode ter ocorrido porque a substância provavelmente ativou no organismo dos pacientes uma enzima benígna chamada PGK1.

Antes disso, os pesquisadores testaram a terazosina em roedores e observaram que o medicamento, de fato, retardou ou impediu a destruição de células do sistema nervoso dos bichos.

Mesmo com os resultados animadores, os Michael Welsh, um dos cientistas autores do estudo, avalia que são necessárias mais pesquisas para concluir que a terazosina realmente é uma aliada no combate ao Mal de Parkinson. "A proporção de idosos na população é cada vez maior. Por isso, o Parkinson se tornará ainda mais comum. Como, atualmente, não temos nenhum tratamento que impede a progressão dessa doença, as descobertas que fizemos têm potencial para mudar a vida das pessoas, mas ainda precisamos de mais estudos nessa área", afirmou o pesquisador em entrevista ao site da BBC.

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