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Segundo os cientistas, os problemas enfrentados pela planeta estão diretamente ligados ao estilo de vida consumista e a ausência de implementação de políticas efetivas. Ainda de acordo com eles, o volume de emissão dos gases ligados ao efeito estufa (CO2, metano e óxido nitroso) não para de aumentar, assim como as temperaturas e os danos causados por desastres ambientais. Os números apresentados no artigo também demostram que as áreas de gelo na Antártica e no Ártico têm ficado cada vez menores.
Já as medidas criadas para tentar combater o quadro crescem num ritmo muito mais lento, de acordo com os pesquisadores. O consumo de energia solar e eólica está aumentando quase 373% por década, mas ainda é 28 vezes menor do que o consumo de energia vinda dos combustíveis fósseis. As indústrias também não mudaram o seu comportamento e continuam a investir nos materiais poluentes. Só em 2018, foram concedidos mais 400 bilhões de dólares em subsídios a empresas de energia que usam combustíveis fósseis, afirmam os cientistas. "Apesar dos 40 anos de negociação climática global, com algumas poucas exceções, nós continuamos a conduzir os negócios da mesma forma e temos falhado em abordar essa situação", diz o artigo publicado no Bioscience.
Mas ainda há como mudar o nosso futuro, segundo os pesquisadores. O estudo aponta seis eixos que precisam ser repensados para assegurar um futuro sustentável. Esse conjunto de medidas incluem ações como substituir os combustíveis fósseis por energias renováveis, proteger a fauna e flora, consumir menos produtos de origem animal e acabar com a exploração excessiva dos ecossistemas. "Nossos objetivos precisam passar do crescimento do PIB e da busca de riqueza em direção à sustentação de ecossistemas e à melhoria do bem-estar humano", recomenda o grupo de cientistas.
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