A pesquisa, que foi conduzida por cientistas da Universidade Tufts, localizada em Massachusetts (EUA), e da União Internacional para a Conservação da Natureza, analisou dados sobre as populações de vaga-lumes na América do Norte, América Central, Europa e Ásia. Os resultados encontrados apontaram que em vários locais dessas regiões, esses insetos correm risco de serem extintos. "Se as pessoas quiserem ver vaga-lumes no futuro, terão de olhar para nosso estudo com seriedade", diz Sara Lewis, professora de biologia na Universidade Tufts.
E o problema não está restrito apenas aos vaga-lumes que moram nas cidades. Os raios de luz emitidos pelos grandes centros urbanos atingem a atmosfera e são refletidos para áreas mais afastadas, alterando não só a visibilidade noturna como também o ciclo de sono dos predadores destes animais, fazendo com que eles sejam devorados mais que o normal.
Mas a lâmpada que ilumina a sua rua ou o seu prédio está longe de ser o maior problema dos vaga-lumes. Segundo os pesquisadores da Universidade de Tufts, que lideraram o estudo, o uso de inseticidas e a destruição do habitat natural deles é bem mais nocivo ao futuro da espécie. vaga-lumes são animais que gostam de morar perto de lugares úmidos, como mangues e pântanos, que são vegetações cada vez mais vítimas de degradação causada pelo homem.
Além de afetar o turismo em países como México e Coreia do Sul, que possuem santuários e eventos dedicados a estes animais, a extinção dos vaga-lumes também altera a cadeia alimentar e o processo de polinização das plantas. Ou seja, não faltam motivos para preservar esses simpáticos e brilhantes bichinhos.
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