Estado de Minas PESQUISA

Muitos brasileiros dão preferência para os genéricos

Segundo pesquisa, 33% acabam mudando de ideia na farmácia


postado em 28/09/2018 09:25 / atualizado em 28/09/2018 09:37

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Apesar de algumas pessoas ainda ficarem em dúvida se vale a pena adquirir um medicamento genérico em relação ao de referência, uma pesquisa da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), em parceria com a Unicamp e com o Instituto Axxus, mostra que é grande o número de brasileiros que compram o produto sem marca.

Segundo o levantamento, 45% dos consumidores dizem ter adquirido remédios predominantemente genéricos e outros 55% compraram predominantemente os de marcas. "Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e hoje já fazem parte das opções de escolhas dos consumidores, eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que ele proporciona, sendo que os preços são fundamentais na escolha", comenta Edison Tamascia, presidente da Febrafar.

Ele afirma que a pesquisa também aponta a prioridade que o consumidor está dando ao preço em relação à marca na hora de adquirir medicamentos. De acordo com os dados apurados, 33% dos consumidores acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial e metade desses clientes buscavam economia (50%).

"É importante reforçar, porém, que o cliente não está indo contra a indicação médica, mas sim buscando uma alternativa real, sendo que o genérico possui a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem que o medicamento de referência", diz Tamascia.

A pesquisa foi realizada com quatro mil consumidores que estavam saindo de farmácias de todos estados do Brasil.

"Essa pesquisa comprova uma característica muito comum nos brasileiros que é não ser fiel ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. O principal fator de intercambialidade é o preço, demonstrando que o brasileiro se encontra mais preocupado com o bolso", afirma o presidente da Febrafar.

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